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Justiça muda data para julgar acusado de dirigir a 151 km por hora e matar mecânico atropelado em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza

A justiça de Sinop decidiu mudou do dia 25 para o dia 27 de outubro a data do julgamento do motorista acusado de atropelar e matar Amaro Roque, 59 anos, em fevereiro de 2007. A vítima estava na calçada do kartódromo, na rua João Pedro Moreira de Carvalho, no Setor Industrial, quando foi atingida pelo veículo GM Vectra azul.

O suspeito foi pronunciado e iria a julgamento por homicídio simples doloso, no dia 8 de março deste ano. Porém, em razão das férias da promotora criminal que atua no fórum, o júri havia sido adiado para 25 de outubro. “Para fins de adaptação da pauta”, o julgamento foi remarcado para o dia 27.

Não foi a primeira mudança na data do julgamento. Isso porque o motorista iria a júri ainda em junho de 2020. Porém, com o fechamento temporário das comarcas em decorrência da pandemia de coronavírus, o julgamento acabou sendo adiado pela 1ª Vara Criminal do município para o dia 11 de março de 2021. Posteriormente, foi redesignado para abril, mas também não foi realizado em razão da suspensão dos atendimentos presenciais na comarca.

Em maio de 2020, a decisão de mandar o motorista a júri popular, proferida pela juíza Rosângela Zacarkim, em 2015, foi mantida pelos desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Na ocasião, os magistrados analisaram e negaram o recurso apresentado pela defesa do réu.

Conforme Só Notícias já informou, a vítima foi jogada contra o alambrado, teve um braço decepado e a cabeça esmagada. Uma parte da cerca e postes foram derrubados com o impacto do veículo. Segundo o laudo produzido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o carro trafegava a 151 quilômetros por hora no momento da colisão.

Ao pronunciar o suspeito e determinar o júri popular, Rosângela entendeu que o réu pode ter agido com dolo eventual, o que “pode ser traduzido como indiferença em relação ao bem jurídico protegido. E foi o que supostamente aconteceu. Mesmo sabendo que poderia ocorrer morte ou lesões em transeuntes, o réu continuou a dirigir em alta velocidade, aceitando, portanto, a possível ocorrência do evento”.

Amaro residia e trabalhava como mecânico em Sinop. Ele tinha esposa e quatro filhos. O corpo foi trasladado para o município de Vera Cruz D’Oeste, no Paraná, onde foi sepultado.

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