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Justiça mantém presos policiais acusados de matar tenente durante operação no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza

A Justiça negou o pedido de soltura dos três policiais militares acusados de envolvimento na morte do 2º tenente Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, em maio de 2017. A vítima foi atingida por um tiro, durante uma operação contra assaltantes de banco, em Matupá (207 quilômetros de Sinop). Os suspeitos são réus por homicídio triplamente qualificado.

O pedido de soltura foi analisado durante audiência, realizada nesta quinta-feira, em Cuiabá. O titular da 11ª Vara Criminal Especializada em Justiça Militar, Marcos Faleiro da Silva, opinou pela manutenção da prisão preventiva dos três réus. Em seguida, passou a palavra para os membros do Conselho de Justiça, que, por unanimidade, tiveram o mesmo entendimento de que os suspeitos devem continuar presos. Desta forma, o magistrado marcou uma nova audiência de instrução para 3 de abril.

Conforme Só Notícias já informou, os mandados de prisão preventiva expedidos contra os policiais militares foram cumpridos no último sábado (16). Dois foram apresentados ao juízo da Vara Militar pelo coronel Marco Antonio Guimarães, comandante do 1º Batalhão, responsável pelo cumprimento dos mandados. Já o terceiro compareceu espontaneamente, acompanhado dos advogados.

As prisões foram decretadas pelo juiz Marcos Faleiros, na última sexta (15). “Os fatos narrados são extremamente graves e não há quaisquer dúvidas de que contrariam todos os preceitos éticos, pundonor militar, bem como dos princípios basilares da Polícia Militar, quais sejam, a hierarquia e disciplina, já que há fortes indícios de que executaram seu próprio oficial superior hierárquico durante instrução militar, fato gravíssimo que merece a decretação da prisão preventiva”, afirmou Faleiros.

Segundo o magistrado, as prisões são necessárias para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal, pela periculosidade dos indiciados, para segurança da aplicação da lei penal militar e pela exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares.

Consta na denúncia que Scheifer foi atingido por um disparo frontal efetuado pelo próprio colega de farda na região abdominal em um local que havia sido, no dia anterior, palco de confronto entre policiais e suspeitos de roubo. A motivação do crime, segundo o MPE, foi evitar que a vítima adotasse medidas contra os denunciados que pudessem resultar em responsabilização e, até mesmo eventual perda da farda, por desvio de conduta em uma operação que culminou na morte de um dos suspeitos de roubo na modalidade “novo cangaço”.

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