O Tribunal de Justiça não autorizou a soltura do ex-vereador de Terra Nova do Norte (165 quilômetros de Sinop) Aldo Lopes de Carvalho (PSC) acusado de mandar matar Juarez Goulart, 51 anos. A vítima teve a casa invadida por um criminoso, que fez quatro disparos de pistola .380. O crime ocorreu em agosto do ano passado, em Colíder (160 quilômetros de Sinop).
Durante as investigações, coordenadas pelo delegado Eugenio Rudy, foi identificado que o crime teve motivação passional e que teria sido encomendado pelo ex-vereador de Terra Nova do Norte, que não aceitava o fim do casamento de 30 anos com a ex-esposa. Com base nos levantamentos, o delegado representou pelos mandados de prisão e busca e apreensão contra os quatro suspeitos, que foram cumpridos nas cidades de Colíder, Sinop e Terra Nova do Norte.
A defesa ingressou com o pedido de soltura no Tribunal de Justiça, para o ex-vereador e ainda para uma mulher, que teria intermediado a contratação dos pistoleiros. A alegação é de que eles estariam sendo submetidos a constrangimento ilegal “diante da falta dos requisitos legais para decretar a prisão temporária, inexistindo motivação idônea a sustentar a medida extrema de privação da liberdade”.
Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal, porém, não autorizaram as solturas. “Não há que se falar em ausência dos requisitos ou em fundamentação inidônea do decreto de prisão temporária, se ela está justificada nas fundadas suspeitas de que os pacientes sejam os mandantes do crime de homicídio qualificado (in casu, declarações de informantes e, especialmente, na delação de corréu); e, ainda, demonstrada a indispensabilidade da medida para a investigação policial, diante da notícia de que os pacientes estariam planejando foragir do distrito da culpa”, consta na decisão colegiada.
Conforme Só Notícias já informou, a companheira de Juarez (ex-esposa de Aldo), de 48 anos, não foi alvejada e ainda tentou correr atrás do atirador. As investigações apontaram que o ex-vereador teria pago R$ 20 mil para uma mulher, que intermediou o assassinato, contratando os matadores, um de 26 e outro de 22 anos, que teriam recebido R$ 10 mil para a execução do crime.
Aldo já foi vereador por Terra Nova do Norte e também era candidato nas últimas eleições.
