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Justiça mantém na cadeia acusado de matar enfermeira em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A justiça negou um pedido para soltar o suspeito de envolvimento no assassinato da enfermeira Zuilda Correira Rodrigues, 43 anos. O ex-marido da vítima está preso desde outubro do ano passado, acusado de envolvimento no homicídio, ocorrido em setembro. Um policial militar de 26 anos também teria participação no crime.

No último dia 11, os réus passaram por audiência, ocasião em que a defesa do ex-marido ingressou com pedido de revogação da prisão preventiva. A Justiça abriu vista da solicitação ao Ministério Público Estadual (MPE), que se manifestou contrário à soltura do acusado.

Para a juíza Rosângela Zacarkim, que negou o pedido, não “obstante os argumentos defensivos, de que o acusado é primário e possui trabalho lícito, conforme entendimento consolidado dos Tribunais Superiores, as sua condições pessoais favoráveis, não têm o condão de lhe assegurar o direito a liberdade, quando presentes motivos outros que recomendem a manutenção da prisão, como no caso dos autos”.

A instrução processual do caso já foi encerrada e, agora, a magistrada aguarda os memoriais finais da defesa para decidir se os dois réus irão ou não a júri popular pelo assassinato de Zuilda. Os suspeitos foram denunciados por homicídio qualificado, cometido por de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher em razão de gênero (feminicídio). O marido de Zuilda, no entanto, foi denunciado pela qualificadora do motivo fútil, enquanto o policial responde pela qualificadora do motivo torpe. A dupla também responde por ocultação de cadáver.

Conforme Só Notícias já informou, o esposo de Zuilda foi preso no Camping Club. Na única declaração que deu à imprensa, ao ser conduzido à delegacia pelos investigadores, disse ser inocente. Os policiais monitoraram ele por cerca de 10 horas e estavam com mandado judicial para prendê-lo. Durante interrogatório, permaneceu em silêncio.

O policial foi o primeiro a ser preso e revelou que o corpo da enfermeira havia sido jogado em uma tubulação, nas proximidades do centro de eventos Dante de Oliveira. Confessou ainda ter participado do espancamento que resultou na morte de Zuilda. Ele acusou o marido da enfermeira de também ter cometido as agressões.

O esposo de Zuilda tinha um ponto de venda de espetinhos, no centro da cidade, onde o policial militar trabalhava fazendo entregas, uma vez que estava afastado da corporação. Conforme a versão inicial apresentada pelo militar, a tentativa seria dar um susto na enfermeira simulando tentativa de assalto e a situação teria saído do controle.

Zuilda era funcionária de um hospital e desapareceu no dia 27 de setembro. Ela foi velada e sepultada em Sinop.

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