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Justiça mantém na cadeia acusado de espancar jardineiro até a morte em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A Justiça decidiu negar o pedido de revogação de prisão preventiva feito pela defesa de um dos acusados de matar José Gomes, 45 anos. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), o jardineiro foi espancado até a morte, em maio do ano passado, na própria residência, localizada na rua dos Guaimbés, no bairro Jardim das Oliveiras.

O mandado de prisão contra o réu foi cumprido apenas no mês passado pela Polinter em Cuiabá, após investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop. Para a defesa, no entanto, não estão “presentes os requisitos autorizadores da custódia cautelar”. Com parecer do Ministério Público pela manutenção da prisão, a Justiça de Sinop decidiu manter o réu na cadeia.

“Destarte, na ponderação entre a liberdade individual do acusado e a segurança e a ordem pública, que são direitos de caráter difuso e coletivo e, ao mesmo tempo, de interesse público do Estado, entendo que os segundos devem imperar sobre o primeiro, ainda mais por inexistir qualquer ofensa ao princípio da presunção de não culpabilidade e ao fundamento maior da dignidade da pessoa humana, ambos previsto na Constituição Federal”, consta na decisão.

Conforme o MPE, o réu cometeu o crime por acreditar que José teria mexido com sua mulher. Ele teria ido até a residência da vítima junto com outro homem, que, até o momento, não foi identificado. No local, o suspeito aproveitou que o jardineiro estava deitado em uma cama e “desferiu diversos socos e efetuou golpes em sua cabeça e face com pedaços de madeira, reduzindo consideravelmente as chances de reação da vítima”. O crime ainda teria sido filmado pelo segundo acusado.

O jardineiro foi encontrado morto, com lesões no rosto e perfurações no abdômen. José foi localizado por um conhecido que foi até sua residência, já que fazia algum tempo que a vítima não saía de casa. Segundo o boletim de ocorrência, a porta da casa estava arrombada. A Polícia Civil divulgou, na época, que os indícios apontavam que o jardineiro estava morto há mais de 24 horas.

José foi sepultado em Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop). Ele residia em Sinop, onde trabalhava como jardineiro, e não tinha filhos.

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