A Defensoria Pública do Estado conseguiu habeas corpus favorável à soltura de um cacique que estava preso em Barra do Garças (521 km de Cuiabá). Em pedido de liminar ao Tribunal de Justiça, o defensor público Cid de Campos Borges Filho argumentou que a comoção criada no seio da comunidade indígena “afetou o cotidiano da tribo, notadamente no que diz respeito aos seus rituais, cultura e direcionamento, de modo que a restauração da liberdade do cacique, além da recomposição de um direito pessoal, é relevante ao restabelecimento da normalidade da vida de seu povo”.
Ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal pela suposta prática de extorsão e roubo majorado no dia 10 de outubro, em coautoria com outro indígena, que em audiência de custódia, obteve liberdade provisória, enquanto o cacique teve prisão preventiva decretada.
De acordo com a PF, os índios retiveram o caminhão e cobraram do proprietário, inicialmente, R$ 70 mil para fazer a liberação. Após muita negociação, fecharam acordo em R$ 6 mil. Com isso, no momento do pagamento, foram surpreendidos pelos policiais e presos.