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Justiça manda soltar acusado de envolvimento em latrocínio de empresário sinopense

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, acatou o pedido de revogação preventiva formulada pela defesa de A.A.S., 33 anos, acusado de envolvimento no latrocínio do empresário Paulo Terao, 46 anos, ocorrido em junho deste ano. De acordo com o delegado que presidiu o inquérito, Marcelo Carvalho, o suspeito teria emprestado o veículo utilizado por um parente para cometer o crime. “Participação direta no latrocínio ele não tem. Seria mais uma omissão, pois sabia que o seu enteado utilizava o veículo para a prática de crimes. Um chip, que estava em seu nome, também foi usado pela quadrilha, então as interceptações acabavam chegando até ele”, explicou, ao Só Notícias.

Para a magistrada, a liberdade do réu “não mais oferece risco à garantia da instrução processual”. Citando que o suspeito não responde a outras ações penais, Rosângela ainda destacou que “diante das provas produzidas nos autos, que fragilizam os indícios de autoria delitiva atribuída ao acusado, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, nesse momento, torna-se suficiente para resguardar a ordem pública”. O Ministério Público Estadual (MPE) também opinou pela soltura do réu.

Todos os suspeitos foram ouvidos ontem em audiência de instrução e julgamento. Restam, agora, apenas inquirição de testemunhas residentes fora da comarca, por meio de cartas precatórias, para encerramento da instrução processual. Após, a juíza deve sentenciar os réus.

Em outubro, outro suspeito negou participação nos crimes. Um dos acusados, por meio dos advogados, alegou ilegalidade por estar preso há mais de três meses, sem que a fase instrutória tenha se iniciado. Os outros três suspeitos não apresentaram alegações. Apesar disso, a juíza havia decidido, na oportunidade, manter os seis presos.

Conforme Só Notícias já informou, logo após serem presos, todos negaram envolvimento na morte do empresário e alegaram que este se jogou do veículo em movimento. Porém, de acordo com Marcelo Carvalho, Paulo foi morto a coronhadas e, posteriormente, jogado pela quadrilha, na BR-163. O empresário foi dominado quando chegava em sua residência, no bairro Setor Industrial. Um criminoso assumiu a direção e levou o empresário junto.

O corpo do Paulinho, como era popularmente conhecido, foi encontrado horas depois às margens da BR-163, nas proximidades do posto da PRF em Sorriso. Ele apresentava um afundamento de crânio. A caminhonete tinha rastreador e acabou sendo abandonada em Lucas do Rio Verde. A atuação conjunta das delegacias de Polícia Civil, serviço de inteligência e cúpula da segurança resultou na prisão dos envolvidos, cinco dias após o crime que revoltou a sociedade sinopense. Os quatro suspeitos foram presos em Nova Mutum e Sinop. Um já estava preso e o outro foi capturado em julho.  

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