Os dois suspeitos de envolvimento no homicídio de Erivalda Vieira da Silva, 51 anos, em julho de 2015, irão a júri popular. A decisão é da juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. ” Diante do exposto, a despeito da negativa dos acusados, dessume-se das provas amealhadas durante a instrução processual que os indícios de autoria restaram demonstrados, sendo a pronúncia para julgamento perante o tribunal do júri a medida cabível”, diz a magistrada.
Os réus irão responder por assassinato qualificado, cometido por motivo torpe, mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e contra mulher em razão de gênero (feminicídio). Ainda cabe recurso a esta decisão.
Um dos réus tem 55 anos e é o viúvo de Erivalda. Ele segue preso na cadeia pública de Aracaju, em Sergipe. A juíza não deu a ele o direito de aguardar o julgamento em liberdade e ainda pediu que seja recambiado para Sinop, “no prazo mais exíguo possível”.
Já o outro acusado tem 24 anos e teria escrito e deixado na cena do crime um bilhete, como forma de despistar sobre a autoria do assassinato, possivelmente cometido pelo esposo da vítima. Ele foi preso, ainda em 2015, em uma empresa, em bairro não informado. Em entrevista, confessou que escreveu o bilhete, porém, sob “ameaça de morte”.
O rapaz ainda alegou que jamais fugiu da polícia e que esteve “o tempo todo trabalhando em Sinop”. Na ocasião, o réu foi ouvido e encaminhado para o presídio Ferrugem, onde ficou por mais de dois anos. No início de 2018, ele foi colocado em liberdade, também por decisão de Rosângela.
Conforme Só Notícias já informou, Erivalda foi encontrada morta pela filha, em uma residência, na rua Rio Preto, no bairro Maria Vindilina 2. Ela disse que foi até o quarto da mãe após ouvir barulhos na casa. O Corpo de Bombeiros constatou que a vítima apresentava um profundo corte no pescoço e já estava sem vida.