A juíza da 1ª Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim, pronunciou os dois suspeitos de envolvimento no assassinato de um adolescente de 15 anos, morto a tiros, na rua Antônio Porto, no bairro Jardim São Paulo, em janeiro de 2015. Irão a júri popular, com a decisão, uma jovem de 23 anos e um homem de 26. Eles responderão em julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
A magistrada ainda entendeu que os dois deverão continuar presos, uma vez que “que a situação fática desde a decretação das suas prisões preventivas em nada se alterou, razão pela qual subsistem os motivos autorizadores da medida constritiva”. Este ano, a justiça já havia negado a soltura da acusada de envolvimento na morte do adolescente.
Conforme Só Notícias já informou, o envolvimento dela teria sido apontado pelo própria vítima. A mãe do adolescente detalhou que conversou com o filho, enquanto ele era atendido pelo Corpo de Bombeiros. Ele teria dito que a jovem estava envolvida no crime. O pai do adolescente também foi ouvido pela justiça e confirmou a versão contada pela mulher. Ele disse ainda que o menor informou à mãe, enquanto era socorrido, que viu a acusada e mais uma menina “passarem em frente” da casa, onde ele morava, pouco antes de ser atingido pelos tiros.
A justiça chegou a arquivar o inquérito em relação à jovem, recebendo a denúncia apenas contra o homem de 26 anos. Na ocasião, o Ministério Público se manifestou contrário à abertura de ação penal contra a mulher, por ausência “de elementos probatórios para embasar o oferecimento da denúncia”. Desta forma, apenas ele passou a responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
No final do ano passado, houve o aditamento à denúncia. Com isso, a mulher também passou a responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o adolescente havia sido apreendido, no dia 26 de janeiro, acusado de pilotar uma motocicleta roubada. Dois dias depois, ao ser colocado em liberdade, foi atingido por cinco disparos de arma de fogo. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, porém, o jovem faleceu após perder uma grande quantidade de sangue.
O rapaz de 26 anos, ao ser preso, disse à polícia que a jovem não teve relação com o homicídio. Ele alegou que estava sendo ameaçado pela vítima e que, no dia do crime, discutiu com o adolescente. Em seguida, sacou o revólver e desferiu seis tiros em direção ao menor.
Afirmou ainda que desconhecia o motivo pelo qual o adolescente apontou a mulher como responsável pelo crime, mas acreditava que a razão poderia ter sido pelo assassinato ter ocorrido perto da casa dela. Também sugeriu que, por coincidência, poderia haver algum desentendimento entre os dois.