As dívidas trabalhistas da Fundação de Saúde Comunitária, que administra o Hospital Regional de Sinop, já começaram a ser pagas aos trabalhadores da área administrativa da unidade. Neste mês, foram entregues 360 alvarás para retirada dos valores após um acordo de R$ 1,8 milhão entre a empresa e o sindicato da categoria.
Do total previsto no acordo R$ 1,2 milhão são referentes aos salários atrasados dos meses de setembro, outubro e novembro do ano passado e outros cerca de R$ 600 mil relativos aos vales alimentação dos meses de novembro de 2016 a novembro de 2017.
De acordo com a assessoria do TRT, o montante pago foi acertado em audiência de conciliação realizada na Coordenadoria Judiciária e de Apoio à Execução e Solução de Conflitos (Cejaesc) do Tribunal Regional do Trabalho em Cuiabá.
Os alvarás, instrumento pelo qual a justiça libera os valores aos trabalhadores foram entregues no começo do mês no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso em Sinop. Os trabalhadores foram representados no processo pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servidos de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat). As ações que resultaram nos acordos são originárias da 2ª Vara do Trabalho de Sinop.
A partir de agora, quem quiser questionar os montantes recebidos devem ingressar com ações individuais.
Em fevereiro deste ano também foram entregues 334 alvarás para os profissionais da enfermagem, resultado de uma ação coletiva movida pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Mato Grosso (Sinpen) contra a Fundação de Saúde Comunitária.
Durante audiência realizada na Cejaesc, ficou acordado o pagamento de R$ 2,3 milhões à categoria dos profissionais da unidade. Desse valor, R$ 1,7 milhão são relativos aos salários atrasados dos meses de setembro outubro e novembro de 2017 e os outros cerca de R$ 600 mil referentes aos vales-alimentação não pagos.
Nos processos, a Fundação de Saúde Comunitária alegou que os problemas ocorreram devido à demora do repasse de verbas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), o que comprometeu o pagamento de fornecedores e prestadores de serviço, além do atraso dos funcionários da área administrativa e de saúde da unidade.
Conforme Só Notícias já informou, os trabalhadores do hospital regional chegaram a fazer greve no final do ano passado para protestar contra os salários atrasados.