A justiça italiana negou pedido de extradição ao Brasil da dominicana Elida Isabel Feliz, 37 anos, e do italiano Pablo Milano Escarfulleri, 47 anos, pais biológicos de Ida Verônica Feliz, 10 anos, sequestrada em Cuiabá em novembro de 2013 quando morava com uma família adotiva que tinha sua guarda provisória e levada para a Itália para morar com eles. A informação é da rádio Veneto Uno, um dos vários veículos de imprensa que estão acompanhando o caso depois que os acusados foram presos no último final de semana em cumprimento a uma ordem judicial expedida pela Justiça de Mato Grosso.
De acordo com a publicação da rádio, veiculada hoje, o juiz de instrução de Veneza rejeitou o pedido de extradição pelas autoridades brasileiras contra o casal. Ambos estão presos nas cidades de Vicenza e Montorio e são acusados de sequestro de crianças e cárcere privado. O magistrado também negou o pedido para colocá-los em liberdade. Dessa forma, Elida e Pablo, que também usa o nome de Paollo Ceccato e é empresário na Itália, terão que esperar uma semana para ver se serão ou não liberados da prisão.
O casal voltará ao tribunal na próxima semana para discutir a prisão, a publicação destaca que ambos já obtiveram a 1ª vitória já que o pedido de extradição ao Brasil foi rejeitado. O periódico destaca a complexidade do caso pelo fato das crianças e os pais não serem de nacionalidade brasileira. E também porque família de Tarsila Gonçalina de Siqueira, moradora de Cuiabá, ainda não tinha a guarda definitiva da criança quando ela foi retirada à força em abril de 2013 e levada para a Itália para morar com os pais biológicos.
A justiça brasileira quer que Ida Verônica fique com a família adotiva de Cuiabá, ao passo que o entendimento de juízes italianos pode não ser o mesmo já que além dos pais, a menina tem outros parentes na Itália.