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Justiça italiana coloca em prisão domiciliar pais biológicos acusados de raptarem criança em Cuiabá

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Os pais biológicos da menina Ida Verônica Feliz, de 10 anos, saíram da cadeia, na Itália, na quarta-feira (03) por determinação da justiça. Eles estavam presos desde 22 de maio, acusados de mandar raptar a filha em 2013, que residia em Cuiabá com os pais adotivos. Conforme a imprensa italiana, a justiça não encontrou provas suficientes para manter Paolo Ceccato, 45 anos, e Elida Isabel Feliz, 38 anos, presos em Vicenza.  O júri ouviu os acusados, pela segunda vez.

Segundo um jornal italiano, eles algeram que se sentem abalados com o pedido de extradição feito pela justiça brasileira e a  justiça italiana decidiu que cumpram pena em regime domiciliar. Pelas leis do país, eles devem se apresentar à delegacia local ao menos duas vezes por semana.

A menina Ida estaria sob o cuidado da avó paterna, enquanto os acusados se encontravam presos. De acordo com um site de notícias, ao serem liberados, os pais demonstraram ansiedade para abraçar os dois filhos mais novos, que estavam hospedados na casa de uma tia. Eles teriam declarado que também esperavam reencontrar Ida muito em breve.

Os pais teriam afirmando ainda que, após um complicado caso internacional, estavam felizes com a decisão da justiça. Por meio do advogado de defesa, Paul Saladin, os acusados revelaram preocupação com os filhos enquanto estavam presos e que choravam diariamente devido à situação. "Eu tenho grande confiança na visão do tribunal. Os juízes valiaram nossos documentos e analisaram com objetividade a situação", disse Saladin.

Filha de uma dominicana com um italiano, Ida Verônica foi levada à força por um homem armado, na casa onde morava com os pais adotivos, em Cuiabá. O casal havia sido preso e a menina, que tinha poucos anos, foi adotada. Após o sequestro, os criminosos entraram em contato com a família adotiva, por meio de mensagens SMS, e fizeram uma série de ameaças, caso a polícia prosseguisse com a investigação.

Mesmo após uma insistente busca, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, repassou as investigações à Interpol que emitiu alerta com informações sobre as características da menina. Os pais biológicos são os principais suspeitos de terem mandado raptar a filha e foram vistos com a menina dias antes de serem detidos.
 

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