A Justiça de Sinop estabeleceu um prazo de cinco dias para a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluir a análise do celular do principal suspeito de assassinar um adolescente de 16 anos, com um golpe de faca. A vítima foi morta em maio deste ano, na praça na praça Plínio Callegaro, entre as avenidas Júlio Campos e Acácias, no centro de Sinop. O suspeito foi preso em flagrante, nas proximidades da cena do crime.
O limite de tempo estabelecido pela Justiça se deu em um pedido de relaxamento da prisão preventiva feito pela defesa do acusado, que alega excesso de prazo na manutenção do réu na cadeia. Conforme a decisão, o processo está “tramitando normalmente”, e a instrução processual só não foi encerrada em julho em razão de pedidos de diligências feitos pelas partes.
“Outrossim, é dos autos que as autoridades competentes foram oficiadas mais de uma vez, inclusive, para prestar informações a respeito da conclusão dos laudos periciais, tendo sido requisitadas, também, via telefone, conforme a certidão retro acostada aos autos”, consta na decisão, que manteve o réu preso.
No final de setembro, a Justiça de Sinop já havia negado o pedido de relaxamento da prisão preventiva. Na época, foi citado que a instrução processual do caso já estava perto de ser encerrada, uma vez que já foram ouvidas as testemunhas e realizado o interrogatório do réu, restando apenas as “diligências complementares”. Após o fim da instrução processual, a Justiça de Sinop irá decidir se o acusado irá ou não a júri popular pelo assassinato.
Poucos dias após o homicídio, a Justiça de Sinop decretou a prisão preventiva do acusado. Ele confessou o homicídio e afirmou que agiu por vingança. Segundo consta no processo, os dois já se conheciam e o suspeito, que tem 21 anos, convidou o adolescente para se encontrarem na praça Plínio Callegaro. No local, começaram a discutir “em virtude de o autuado crer que a vítima o teria transmitido uma doença contagiosa”.
Segundo a investigação inicial apurou, o criminoso teria retirado uma faca de dentro da bolsa que carregava e atingiu o menor com um único golpe, no pescoço. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) constatou que a facada atingiu a artéria carótida da vítima, o que a fez perder muito sangue e morrer antes de o resgate chegar.
Ao decretar a prisão preventiva, a Justiça destacou a “gravidade do crime” e as declarações dadas pelo próprio suspeito e testemunhas, que evidenciam a “necessidade” de resguardar a ordem pública. Também citou que o acusado não residia em Sinop e morava no bairro Vida Nova, em Lucas do Rio Verde. Ao ser preso, ele declarou à Polícia Militar que viajou apenas para cometer o crime. O adolescente foi sepultado no cemitério municipal de Nova Mutum.