O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro deve ser transferido para uma unidade prisional de Mato Grosso. A Justiça Federal de Rondônia não acatou o pedido de permanência dele na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO). De acordo com a decisão, o motivo para que Arcanjo fosse mantido em penitenciaria federal já teria cessado. Ela considerou que a manutenção dele em unidade de segurança máxima “é atentatório aos direitos mínimos de todo apenado”.
De acordo com reportagem do MidiaNews, a decisão da juíza já foi comunicada à Justiça de Mato Grosso. A juíza Maria Aparecida Ribeiro Fago, em substituição na Primeira Vara Criminal da Capital, já comunicou o Ministério Público sobre a decisão, que é de novembro. “Relevante anotar que o Ministério Público Estadual foi intimado do retorno de João Arcanjo Ribeiro para a Comarca de Cuiabá, e da recusa ou impossibilidade de manter a sua custódia no sistema penitenciário federal, nada insurgindo contra esse pronunciamento, apenas requerendo a ‘indicação de estabelecimento prisional adequado no Estado para recebimento do reeducando’”, informou a juíza, no processo.
Antes de ir para Porto Velho, Arcanjo estava preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, desde outubro de 2007, quando deixou a Penitenciária Central do Estado (PCE). A permanência do ex-bicheiro em unidades federais de segurança máxima já foi renovada cinco vezes, desde a época em que deixou Mato Grosso.
Arcanjo responde por quatro processos de homicídios, referentes a nove vítimas, além de crimes de ordem financeira.
No ano passado, o ex-bicheiro foi condenado a 19 anos de prisão como mandante pelo assassinato de Sávio Brandão, ocorrido no dia 30 de setembro de 2002, em frente ao jornal Folha do Estado, em Cuiabá.