O juiz Murilo Mesquita acatou o pedido do Ministério Público do Estado (MPE) e determinou, hoje, nova prisão do cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Corrêa Júnior, réu na ação penal que investiga a existência de grampos ilegais operados pela PM em Mato Grosso. O esquema ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira.
A prisão foi determinada em razão da confissão do militar que teria descumprido medida cautelar imposta pela justiça de permanecer em sua residência durante período noturno, como condição para sua liberdade, e ter frequentado uma casa noturna em Cuiabá, no último mês de agosto. Gerson teve a prisão preventiva revogada após 10 meses de detenção.
No entanto, de acordo com o MPE, o réu esteve no estabelecimento entre 1h49 e 2h52 do último dia 30 de agosto e, quando o caso veio à tona, inventou diversas provas de modo a conseguir se defender e evitar a nova prisão.
Em um primeiro momento, o réu negou a ida até a casa noturna, mas voltou atrás e confessou ter saído de casa. Ele disse que foi buscar a esposa que havia ido até o local após um desentendimento entre o casal.
“Ele foi capaz de forjar novas provas e arquitetar uma trama de mentiras, a fim de esquivar-se de eventual responsabilização pelo descumprimento das medidas”, argumentou o MPE ao pedir nova prisão.
Ainda segundo o MPE, restou “clarividente” a intenção em descumprir as medidas cautelares e a lei, uma vez que o militar já teve comportamento semelhante. Ele militar foi acusado de ter saído da sede do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), na época em que cumpria prisão preventiva, para ir a boate de shows eróticos em Cuiabá.
Não há informações se o militar deverá voltar à prisão ainda hoje.