A Justiça de Sinop manteve a prisão preventiva de três acusados de envolvimento no homicídio de Magna Ferreira Fidelis, de 33 anos, no bairro Jardim Ibirapuera, na noite de 1º de março passado. A vítima foi assassinada a tiros.
Os três suspeitos foram denunciados e viraram réus por homicídio qualificado. Todos são integrantes de facção, aponta a polícia. Ao reanalisar o decreto de prisão preventiva dos réus, a Justiça de Sinop levou em consideração a forma como o crime foi cometido e a garantia da ordem pública.
“Em tese, o crime foi praticado por motivação torpe, impelidos por vingança, em razão da vítima supostamente ter matado um membro da organização criminosa em que fazem parte e recurso que dificultou a defesa da vítima, na medida em que, supostamente, os denunciados atraíram a vítima para fora de seu local de trabalho, em horário noturno, tendo efetuado diversos disparos de arma de fogo na cabeça e pescoço da vítima, sem que esta pudesse esboçar qualquer reação defensiva, revelando a brutalidade do comportamento, que, à evidência, põe em risco a própria garantia da ordem pública”, consta na decisão.
“Ademais, os denunciados seriam integrantes de organização criminosa atuante nesta região, denominada Comando Vermelho, o que demonstra a periculosidade acentuada, tendo a execução da vítima sido ordenada pela facção como retaliação a uma suposta conduta praticada por ela, sendo que possuem outros registros criminais, demonstrando que o caso narrado neste feito não se trata de um fato isolado em suas vidas”, aponta outro trecho.
No início de abril, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil prendeu dois homens e uma mulher suspeitos de envolvimento no assassinato de Magna. No entanto, a justiça não viu elementos que indicassem a participação da mulher no crime e ela teve a prisão revogada.
De acordo com o investigador da DHPP, Wilson Cândido, a mulher “trabalhava num garimpo na divisa de Mato Grosso-Rondônia, na reserva Roosevelt. Lá havia um homem que tentou violentá-la sexualmente e, para se defender, ela acabou o matando no garimpo, em legítima defesa”, disse o policial, em entrevista anteriormente à Hits Prime. “Eles então determinaram a morte da Magna por ela ter matado um membro da facção. Contrataram três indivíduos para cometerem o crime, que foram até a boate e acabaram a matando”, acrescentou o policial.
Com um dos suspeitos, foi encontrada uma bolsa com documentos pessoais de Magna e também seu celular. Em sua versão, o homem alegou que conduziu a moto no dia do homicídio e o outro homem efetuou os disparos. “A motocicleta utilizada no crime também foi apreendida pela equipe. A arma foi apreendida e encaminhada à perícia em Cuiabá”, acrescentou o policial. Ele também informou que, após o assassinato cometido no garimpo, Magna se apresentou às autoridades locais e em seguida foi a Sinop, na tentativa de se esconder, mas foi descoberta.