A justiça de Mato Grosso condendou, hoje, Loidemar Silva Landefeldt, o “Nico”, a 15 anos de reclusão, Francisco Alcides Lopes Farias, o “Paraíba”, a 7 anos e 7meses, Salvador Ferreira de Jesus Júnior e Miguel Arcângelo Ferreira de Jesus a 5 anos e 6 meses cada um por roubos de carretas, adulteração de sinais identificadores de veículos e receptação qualificada. Eles foram presos em ação do Ministério Público Estadual, por meio Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Eles permanecem presos em Cuiabá e ainda podem recorrer da condenação. Os condenados foram presos em Cuiabá, Rondonópolis, Jaciara, Paranatinga e Nova Ubiratã (Nortão) além de cidades do Estado de Goiás.
O grupo denunciado pelo Ministério Público, em agosto do ano passado, é formado por 14 pessoas, sendo que 10 ainda não foram julgados. Apenas os réus que foram presos durante a operação foram sentenciados. “Os demais estão sendo processados, mais ainda não há previsão para a prolação de decisão final em relação a eles”, acrescentou.
Segundo o promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, dos quatro que foram condenados hoje, três estão presos na Penitenciária Central do Estado “Pascoal Ramos”. Ele informou ainda que, para garantir a indenização às vítimas pelas subtrações e receptações efetuadas pelo réu Loidemar Silva Landefeldt, o “Nico, foi fixado valor mínimo para reparação dos danos, o equivalente a 1/3 do valor de mercado por cada veículo receptado. “Mesmo os veículos tendo sido recuperados, considerou-se que os seus proprietários tiveram prejuízos materiais e morais em decorrência dos delitos”, disse.
A operação “Dublê”, realizada pelo Gaeco há um ano, contou com o apoio das Polícias Rodoviária Federal (PRF), Militar (PM) e Civil. Durante a operação, foram apreendidas sete carretas, documentos e vários computadores, além da prisão de três integrantes do grupo. A quadrilha, conforme o coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, era bastante organizada e já atuava no Estado há mais de 13 anos.
O MP informa que a quadrilha de receptadores de Rondonópolis, conforme apurado pelo Gaeco, adquiria caminhões roubados com as mesmas características de outro caminhão lícito pertencente ao bando ou a terceiros. Levava os caminhões roubados para propriedades rurais e adulterava seus sinais identificadores transformando-os em dublês do veículo lícito, passando a rodar com dois caminhões com a mesma característica (o lícito e o dublê).