A Polícia Civil confirmou, esta tarde, que cinco integrantes de uma associação criminosa envolvida no roubo de cargas na região de Rondonópolis, foram condenados, no último dia 27, a penas que somam mais de 50 anos de reclusão. A justiça condenou eles por roubo qualificado (concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima) e associação criminosa armada. O juiz da 2ª Vara Criminal de Rondonópolis, Pedro Davi Benetti, considerou os fundamentos para a manutenção da prisão cautelar dos réus e não autorizou o direito de recorrerem em liberdade. “O contexto geral dos crimes praticados permite concluir que a colocação dos réus em liberdade ensejará risco à ordem pública, pois, além da repercussão social de crimes dessa natureza, existe a necessidade premente de se coibir novas práticas delitivas”, decidiu o magistrado.
Eles foram investigados na Operação Gold Capital, deflagrada em setembro passado, foi resultado de uma investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis que prendeu os envolvidos em roubos de cargas no Sul do estado. O nome da operação fez referência ao modo como os envolvidos tratavam o “roubo de grãos, um negócio altamente lucrativo”
Um dos condenados trabalhava na área de logística de transportes de uma empresa e a partir de informações privilegiadas, organizava os roubos junto com o líder do grupo. Um dos crimes ocorreu há um ano. O motorista foi abordado por quatro criminosos em um trecho da BR-163 e, ao reduzir para passar em um quebra-molas, foi rendido, colocado em um carro e levado a um cativeiro, onde permaneceu ameaçado, sendo libertado no dia seguinte.
A investigação apontou que os criminosos desacoplaram o trator do semirreboque e o abandonaram. O semirreboque foi novamente acoplado em outro caminhão, de propriedade do líder da quadrilha e seguiria até Primavera do Leste, destino final da carga roubada. Contudo, o caminhão com a carga foi localizado pela Polícia Militar, em Poxoréu, após o motorista fugir quando os policiais rodoviários abordaram na mesma rodovia, um carro que fazia a função de ‘batedor’ e escolta da carga roubada. O veículo está em nome da mãe de um dos investigados na operação.
A polícia apurou que as placas do caminhão eram clonadas de um veículo cujo proprietário é de Sorriso e identificou todos os integrantes da quadrilha e os respectivos papéis de cada um nas ações criminosas efetuadas pelo grupo.