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Justiça acata denúncia contra suspeitos de assassinar prefeito de Colniza

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O juiz da Vara Única de Colniza (741 quilômetros de Sinop), Ricardo Frazon Menegucci, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MPE) contra os quatro acusados de terem participado do assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes.

Foram denunciados o casal Antônio Pereira Rodrigues Neto e Yana Fois Coelho Alvarenga, além de Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito Silva, que passam a ser réus pela morte do prefeito, ocorrida no dia 15 de dezembro, do ano passado.

De acordo com denúncia do MPE, o casal mora em Colniza e planejou o crime por "motivos pessoais", junto com Zenilton, Welison e um adolescente.

Segundo o MPE, Zenilton e Welison utilizaram um rifle calibre 22 e um revólver calibre 38 da marca Taurus para matar Esvandir, enquanto o adolescente foi contratado para dar suporte à dupla em um veículo Hyundai HB20 branco. Eles receberiam R$ 5 mil cada um como recompensa, que seria paga pelo casal.

Ainda segundo a denúncia, Yana teria a responsabilidade de dar cobertura aos atiradores, uma vez que ela teria mandado que o adolescente fosse buscar os executores após o crime.

Além do crime de homicídio, a denúncia também aponta os crimes de corrupção de menor, entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada e receptação de arma de fogo roubada.

O MPE também requereu à Justiça que condene os acusados à reparação de danos morais e materiais à família do prefeito e à Prefeitura de Colniza. Depois do assassinato, a família do prefeito deixou a cidade, enquanto os acusados estão no Centro de Detenção Provisória de Juína (601 quilômetros de Sinop).

Segundo a polícia, os bandidos abordaram interceptaram Esvandir dentro do seu um veículo, Toyota SW4 preta, a cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O prefeito estava acompanhado da primeira-dama, Rosemeire Costa, do genro e do secretário municipal de Finanças, Admilson Ferreira dos Santos, quando os bandidos se aproximaram e dispararam contra eles.

Após ser atingido, Vando, como era conhecido, ainda conseguiu dirigir até a avenida 7 de Setembro, no centro da cidade, quando perdeu o controle do veículo e bateu na parede de um estabelecimento. Ele morreu no local. O secretário também foi atingido na perna esquerda e nas costas, foi internado e passou por cirurgia.

Os suspeitos fugiam em um veículo quando foram parados por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira.

Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, provenientes do pagamento pela execução do prefeito, segundo a polícia. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes totalizando R$ 10 mil. Já as armas usadas no crime foram jogadas em um rio.

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