A justiça de Sorriso adiou para o dia 9 de março o julgamento de um homem de 45 anos, principal suspeito de assassinar o gerente de fazenda Cleiton Domeni Naitzki, 28 anos, em agosto de 2017. O crime aconteceu em uma casa, localizada no residencial Porto Alegre, e teria motivação passional.
A decisão de adiar novamente o júri foi baseada no retorno da comarca de Sorriso à classificação de risco “moderado” de contágio da covid-19. Inicialmente, o réu iria a júri popular ainda em dezembro. No entanto, como o promotor que atua no caso estava em período de férias, a juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano optou por remarcar a sessão de julgamento para o dia 25 de fevereiro.
O réu segue preso no Centro de Ressocialização de Sorriso. Ele irá a julgamento por homicídio qualificado cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme Só Notícias já informou, o acusado foi localizado por investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em uma residência na avenida Curitiba, no Jardim Alvorada. Durante as buscas na residência do acusado também foram encontrados uma espingarda calibre 22, que pertencia à vítima, e um rifle calibre 22 com luneta. O revólver calibre 38 usado no crime não foi localizado.
De acordo com as investigações, o suspeito trabalhava na mesma fazenda em que Cleiton era gerente e o crime teria sido motivado após o homem descobrir um suposto caso amoroso entre sua mulher e a vítima. “As investigações demonstram um possível relacionamento entre os dois, ela tinha a chave da casa da vítima. Então, o suspeito entrou de forma sorrateira. A motivação teria sido passional”, disse, anteriormente, o delegado Nilson Farias.
Cleiton foi encontrado morto por uma amiga, na cozinha próximo da porta de saída. Segundo o investigador da DHPP José Carlos Souza, o gerente tomou o primeiro tiro enquanto estava deitado e, em seguida, houve mais disparos. “O assassino ainda tentou sair com a moto de Cleiton, mas acabou caindo nas proximidades e a abandonou. No dia do fato, ele (suspeito) aproveitou que a esposa tinha viajado para cometer o crime”.
A princípio, o caso era investigado como um possível latrocínio, hipótese que foi descartada ao longo da investigação. Cleiton foi sepultado em Sinop.