Foi novamente adiado o julgamento da dupla acusada de envolvimento no homicídio do vendedor Valdir Pereira de Oliveira, 50 anos, morto a tiros em um conjunto de quitinetes localizado na avenida dos Ipês, no Jardim Imperial. Os dois também respondem pela tentativa de homicídio contra o filho de Valdir, que foi atingido por um tiro, mas, socorrido pelo Corpo de Bombeiros, sobreviveu.
Inicialmente, os suspeitos iriam a júri popular em abril deste ano. Porém, naquele mês, acabou redesignado para 24 de setembro. Um dia antes da sessão, a Justiça considerou que a acusação não respeitou o prazo para juntar documentos ao processo e, para não prejudicar os réus, remarcou o julgamento para 4 de dezembro.
Conforme Só Notícias informou anteriormente, o investigador Wilson Candido de Souza revelou que, segundo a apuração feita pela Polícia Civil, o crime foi motivado por um desentendimento entre a vítima de 19 anos e um dos suspeitos. “A tia do acusado emprestou uma bicicleta para ele, que, por sua vez, a emprestou para a vítima de homicídio tentado. A tia começou a cobrar a devolução e o suspeito cobrava o rapaz. No dia do crime, o acusado saiu determinado a resolver a situação. Ele chegou a exibir a arma na frente de várias testemunhas, em uma rua no Jardim das Violetas”, explicou.
Conforme Wilson, Valdir tentou acalmar o suspeito, prometendo a devolução da bicicleta. “Eles foram buscar a bicicleta em uma quitinete no Jardim Imperial, mas, chegando lá, descobriram que havia sumido. Foi quando o acusado sacou a arma e atirou. Ele atingiu o jovem, que correu. Valdir foi alvejado com vários disparos. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu”.
O outro acusado, segundo consta no processo, não atirou em nenhuma das vítimas. O rapaz que sobreviveu, porém, relatou que o suspeito incitou, por duas vezes, o outro réu a atirar. Desta forma, a dupla, que segue presa, responde por homicídio e tentativa de assassinato, ambos cometidos por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.