A Justiça decidiu adiar novamente o júri do principal suspeito de assassinar Edvaldo Alves dos Santos, 45 anos, em abril de 2014. A vítima foi morta a facadas, na própria residência, em uma chácara, nas proximidades da BR-163, na região do rio Preto.
O julgamento estava marcado para a última terça-feira (8), porém, como o réu está em liberdade, a Justiça decidiu priorizar os processos com acusados presos. Por esse motivo, o júri foi redesignado para o dia 23 de novembro e será realizado de maneira híbrida, com a presença apenas de algumas partes, como forma de evitar o contágio da covid-19.
No ano passado, o julgamento também foi remarcado, já que estava previsto inicialmente para julho. No entanto, como as comarcas do Estado foram fechadas por causa da pandemia de coronavírus, acabou sendo adiado para junho deste ano.
No início da ação penal, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o réu por latrocínio (roubo seguido de morte). Posteriormente, a Justiça de Sinop desclassificou a denúncia para homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu ainda será julgado por furto, por supostamente ter levado R$ 250 e o celular de Edvaldo.
Em depoimento à Polícia Civil, o acusado alegou que estava bebendo com a vítima. Em seguida foram até a residência de Edvaldo, que estaria supostamente embriagado e queria ir até um clube. O suspeito disse que, por esse motivo, decidiu ir embora, o que teria enfurecido Edvaldo. De acordo com esta versão, os dois teriam entrado em luta corporal e a vítima acabou esfaqueada.
Porém, em novo depoimento, desta vez à justiça, o acusado mudou a versão afirmando que foi coagido pelos investigadores a confessar o crime. Contou que estava bebendo no mesmo bar que Edvaldo, no entanto, não estavam juntos. Disse ainda que, posteriormente, quando estava em frente de casa, encontrou a vítima, mas apenas fumou um cigarro e entrou na residência.
O acusado chegou a ser preso, porém, teve a prisão preventiva revogada, em 2015.