O julgamento dos 3 acusados pelo assassinato do trabalhador braçal Robert Sant"Ana Pereira, 20, terminou com a condenação de Wellington Gonçalves, 24, o "Sapão", e Francisco Lima de Arruda, 21, a 18 anos e 9 meses de reclusão e Wellington Nunes Silva, 20, o "Welitinho", a 18 anos de detenção.
O trio confessou o homicídio triplamente qualificado, o degolamento e a ocultação de cadáver da vítima, que foi morta por ter quebrado o "código de honra" dos usuários de drogas. Durante a sessão do júri, que encerrou às 22h de quarta-feira, os acusados contaram com detalhes a forma como mataram o colega, que consumiu sozinho o entorpecente que deveria ser dividido com a turma.
Robert foi atingido no abdome por uma faca de cozinha e pedia para não ser morto. Para que os vizinhos não ouvissem os gritos de socorro, os acusados aumentaram o volume do som. Um dos acusados atingiu a cabeça do braçal com o machado e em seguida, usando a mesma ferramenta, o degolou. A cabeça ficou presa ao corpo somente pela pele.
Embora Francisco tentasse minimizar a situação afirmando que Robert estava morto quando foi atingido pelo machado, o promotor João Augusto Veras Gadelha destacou que o sangue só "esguicha", como relatou o acusado, quando o coração ainda bate, sinalizando vitalidade.
A acusação, com apoio do advogado Jorge Godoy, usou ainda uma entrevista de Francisco ao Cadeia Neles, da Rede Record/Canal 10, contando sobre o crime e afirmando que a vítima estava viva ao ser atingida pelo machado.
Ocultação – O corpo foi enrolado em um edredom, colocado dentro de um tambor com combustível e queimado. Os acusados contaram que chegaram a pular em cima de Robert para que parte do corpo não ficasse para fora do contêiner.
Mais tarde, usando um carrinho de mão, levaram o tambor com o corpo já queimado para uma região de mata, situada ao final do bairro. O corpo foi localizado na mata uma semana após o crime, no bairro Pedra 90, após uma denúncia anônima.