O acusado de atirar e deixar paraplégico o juiz criminal Cesar Bassan, 63 anos, em janeiro deste ano, em Sinop, está prestando depoimento, neste momento, para a juíza Paula Casagrande, no júri popular, no plenário da câmara.
Sérgio Muller afirmou que foi “pressionado” pela polícia para dizer que teria atirado no juiz e, por isso, mudou a versão de seu depoimento onde, inicialmente, afirmou ter dito que tinha sido o autor dos disparos. Ele também afirmou que o outro acusado, Fabio, lhe telefonou pedindo para não envolvê-lo no caso porque estava em regime condicional e poderia ser preso novamente. As declarações foram em respostas ao promotor Marcos Bulhões.
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Ainda em depoimento, Sergio Muller disse que, no dia do crime, saiu armado porque estava com uma certa quantia em dinheiro. “Com medo de acontecer algo, eu tinha uma arma no mercado e carreguei junto para me proteger”, disse ele. Muller afirmou que não conhecia o juiz Cesar Francisco Bassan e que conheceu os outros homens que estavam com ele no dia do crime (Fabio Rubim Tavares e Cleiton Lopes) naquele mesmo dia, no restaurante onde trabalhava”. Sergio disse ainda que, quando foi atravessar a faixa de pedestre, na praça Plinio Callegaro, a caminhonete S-10 do juiz parou e deu sinal de luz. Ele disse que se tratava de uma pessoa conhecida e foi até a janela do carro quando o juiz “baixou a janela e mostrou uma arma” e pediu que ele se afastasse. Sergio disse que ficou com Fabio e Cleiton em uma lanchonete e a caminhonete do magistrado teria dado duas voltas na praça. Sergio afirma que que saíram para ir embora e acabaram batendo na traseira da caminhonete do juiz.
Ele também afirmou, em depoimento que, após a colisão, ouviu disparos vindos da caminhonete do juiz e foi tentar pegar seu revólver em sua caminhonete S-10 branca. Sergio também afirma que não tinha munição em seu revólver porque tinha feito disparos na boate Fazendinha. Também disse que tentou se esconder, ao lado de uma loja, onde houve o acidente e que ouviu mais disparos não sabendo confirmar de onde partiram.
Sergio disse que, depois da confusão, fugiram em sua caminhonete S-10 branca e que deixou a arma no banco. Ele relatou que foi para sua casa e que não sabe onde foi parar o revólver.
Cleiton foi inocentado e, Fabio, será julgado no próximo dia 22.
Sergio continua respondendo pergunta da juíza e da acusação. O conselho de sentença, que decidirá se ele é culpado ou inocente, é formado por 6 mulheres e um homem.
O plenário da câmara está lotado e a previsão é que o júri termine até a meia-noite.
(Atualizada às 10:57hs)
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