O tribunal do júri absolveu o caseiro Anastácio Marafon pela morte do ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marchetti. O argumento da defesa, de que Marafon teria agido em sua legítima defesa foi aceito pelo conselho de sentença, em julgamento que terminou esta madrugada.
A tentativa de desqualificar a tese de crime passional, com pedido de pena máxima feito pela família de Marchetti, não foi suficiente para convencer o júri, iniciado ontem pela manhã, na Câmara de Santo Antônio do Leverger. O Ministério Público Estadual (MPE) encaminhou os autos sustentando a acusação de homicídio qualificado que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima.
A defesa do réu, Oscar Cesar Ribeiro Travassos Filho, defendeu a absolvição do caseiro que agiu em sua legítima defesa, sob o argumento de que Marafon teria reagido a um disparo de espingarda feito por Marchetti. Já em caso de condenação, o advogado solicitou o acolhimento da tese de homicídio privilegiado e a exclusão da qualificadora. Ao final do julgamento o juiz Murilo Moura Mesquita, que presidiu o Tribunal do Júri, expediu o alvará de soltura do réu.
Marchetti foi assassinado no dia 7 de julho do ano passado, por volta das 18h50, em uma propriedade rural denominada Fazenda Mar Azul, situada na localidade de Capoeirinha, na cidade de Barão de Melgaço. Marafon matou o ex-secretário com três disparos.
O caseiro confessou à polícia que cometeu o crime após flagrar o ex-secretário assediando a esposa dele na fazenda. Revoltado, o caseiro foi tirar satisfações com a vítima e, em seguida, disparou três vezes contra Marchetti, com um revólver calibre 38.
O ex-secretário estava dentro do quarto no momento da ação. Segundo ainda Marafon, ele fugiu para uma região de mata e jogou a arma do crime em um rio. Momentos depois foi pego pela polícia da cidade.
(Atualizada às 8h32)