Um dos suspeitos de atirar em dois policiais militares, em outubro do ano passado, foi colocado em liberdade. A juíza 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, levou em consideração a falta de antecedentes criminais do réu e a forma como o crime supostamente ocorreu para revogar a prisão preventiva. “Demonstra não ser pessoa voltada à prática de delitos. No tocante ao modus operandi do delito, conforme relataram as vítimas, os disparos efetuados não as atingiram, tampouco acertaram a viatura policial, motivo pelo qual se conclui que a conduta do acusado não é dotada de periculosidade suficiente”.
Apesar da revogação da prisão preventiva, o réu vai a júri popular. Ele responderá por homicídio tentado contra “autoridade ou agente, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela”. A data do julgamento ainda não foi definida pela magistrada.
Em depoimento, um dos policiais alegou que viu dois homens, em uma Yamaha YBR prata, trafegando com os faróis apagados, no bairro Vila América. Segundo o relato, após receberem ordem de parada, os acusados “começaram a efetuar disparos” contra os militares, que “em resposta a injusta agressão” revidaram. A dupla teria, então, abandonado a motocicleta e a arma, e fugido, conforme os policiais. No entanto, um acabou sendo ferido na perna, foi localizado e acabou preso.
Ao responder às perguntas do Ministério Público (MP) o suspeito confirmou a versão dos policiais, porém, justificou que estaria pilotando a motocicleta e o colega que estava na garupa efetuou os disparos, contradizendo sua própria versão apresentada na delegacia. Na ocasião anterior, ele confessou ter atirado contra os militares, mas, voltou atrás em novo depoimento e afirmou que havia sido agredido. Na nova versão, ele disse apenas conseguiu a moto emprestada de um desconhecido, em um bar, para levar o colega, que estaria alcoolizado, em casa.
Na troca de tiros, o suspeito foi atingido na perna e encaminhado para o Hospital Regional. Em seguida, foi levado para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde aguardava o andamento do processo. O outro acusado conseguiu fugir e ainda não foi localizado.