O jovem de 19 anos, acusado de matar, a tiros, o fazendeiro João Teixeira, 52 anos, em São José do Rio Claro, em junho de 2014, teve um novo pedido de revogação da prisão preventiva negado pela justiça. A defesa alegou que o rapaz é inocente e justificou que, no dia do crime, ele estava em local distinto de onde a vítima foi assassinada. Ainda segundo os advogados, o suspeito é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa, ocupação lícita e não representa “qualquer risco a ordem pública”.
Em parecer, o Ministério Público Estadual manifestou contrariedade à soltura do acusado, “visto que se encontram presentes os requisitos da prisão preventiva, indícios suficientes de autoria e materialidade, bem como inexiste irregularidade e/ou retardo demasiado na condução do processo”. O entendimento foi o mesmo da juíza da Primeira Vara de São José do Rio Claro, Ana Helena Porcel. Para a magistrada, “as circunstâncias descortinadas nas decisões anteriores, que decretou a prisão preventiva e denegou a revogação da prisão do réu, continuam nitidamente presentes”.
Na mesma decisão, a juíza ainda autorizou que a ex-mulher e o irmão de José Teixeira, Patrícia Alves e José Teixeira Filho, sejam relacionados como assistentes de acusação no processo.
Conforme Só Notícias já informou, o assassinato ganhou destaque nacional e o principal suspeito de ser o mentor do crime é o empresário Odirlei Slovinski, 33 anos. Ele foi preso, em Cuiabá, em abril do ano passado, após passar 8 meses foragido. Em junho, teve o segundo pedido de liberdade negado, visto que havia entrado com habeas corpus três dias depois da prisão.
Empresário, Odirlei é apontado como mandante da morte de João, após desentendimentos na sociedade de uma empresa. Odirlei tinha uma dívida de cerca de R$ 700 mil com a vítima. A prisão foi decretada no dia 15 de agosto do ano passado e a denúncia contra ele pelo crime de homicídio qualificado foi recebida no dia 2 de setembro de 2014. Pelo assassinato estão presos ainda dois rapazes de 19 anos.
O primeiro foi preso no município de Nobres em 15 de agosto de 2014 e além de confessar que pilotou a moto no dia do crime delatou o comparsa como sendo o autor dos disparos que mataram o fazendeiro. Afirmou ainda que o assassinato foi cometido mediante pagamento de Ordilei. O jovem disse que foi contratado por R$ 1 mil para participar do crime.
A vítima foi alvejada por 5 projéteis. O inquérito policial demonstrou que Odirlei teria dívida de aproximadamente R$ 700 mil com a vítima, quantia que teria sido empregada por ele no frigorífico do qual seriam sócios ou estavam gerenciando para solucionar o impasse do crédito. A suspeita é que a vítima queria retirar o valor empregado no negócio, o que significaria a falência da empresa. Diante da situação foi realizada uma reunião, onde ficou acertado que José Teixeira controlaria o financeiro da empresa. Odirlei aceitou e pediu prazo para resolver alguns problemas. O fato ocorreu dias antes da morte do fazendeiro.