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Juíza não vê indícios de participação e decide não mandar a júri popular acusado de matar líder de assentamento no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza

A juíza Thatiana dos Santos não viu indícios de envolvimento e decidiu não mandar a júri popular um dos suspeitos de envolvimento de Noir Castelo Júnior, 29 anos, conhecido como “Mano”. Na época do crime, em dezembro de 2008, a vítima era líder do assentamento Zumbi dos Palmares, em Cláudia (90 quilômetros de Sinop), e foi assassinada a tiros.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), o crime teria sido cometido por cinco homens. A investigação policial apurou que Noir havia participado, nos dias que antecederam a sua morte, de várias discussões com os denunciados, também moradores do assentamento, envolvendo questões relacionadas ao local.

Conforme o inquérito, no dia 25 de dezembro, Noir estava trafegando por uma estrada em direção ao assentamento, quando foi abordado pelos acusados. Um dos criminosos teria sacado um revólver e atirado na direção do líder do assentamento, que, para não ser atingido, tentou se esconder atrás de outro assentado que passava pelo local.

Segundo a Polícia Civil, Noir e o outro assentado foram alvejados com os disparos. O líder do assentamento ainda teria implorado pela vida, alegando que possuía dois filhos pequenos e que sua mulher estava grávida. Um dos suspeitos, no entanto, foi até ele e disparou mais duas vezes, à curta distância.

Ao final do processo penal, o próprio Ministério Público entendeu que não havia indícios suficientes para mandar um dos réus a julgamento, entendimento que foi seguido pela juíza. “Analisando o processo, observa-se carência de provas, sendo as existentes nos autos insuficientes para imputar ao denunciado a efetiva participação no homicídio, especialmente porque não há indícios do seu intuito de matar a vítima e nem provas concretas ou indícios de que tenha concorrido para o crime”, afirmou a magistrada.

O suposto executor do crime ainda continua respondendo a processo penal por conta da morte de Noir. O outro homem atingido sobreviveu.

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