A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, marcou para 16 de maio o júri popular dos dois suspeitos de assassinar a funcionária de um bar Maria José Lopes, 41 anos, e tentar matar o empresário Luiz Antônio de Souza, 49 anos, em fevereiro de 2014. Ambos foram pronunciados pela magistrada e responderão por tentativa de latrocínio e homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou defesa da vítima e para garantir a ocultação de outro crime).
Segundo consta no processo, os réus confessaram os crimes durante depoimento à Polícia Civil. Em juízo, porém, mudaram os relatos. Um deles garantiu que, quando chegou ao bar, o outro suspeito estava em luta corporal com o proprietário. A funcionária, segundo ele, estava correndo e segurando uma faca. O acusado afirmou que tentou abordar a mulher e, sem querer, a atingiu com uma facada. Posteriormente, mudou novamente o relato, e disse que empurrou a vítima, que acabou caindo com a faca cravada no peito.
O outro réu confessou, durante fase de inquérito, que o comparsa matou a funcionária, enquanto ele esfaqueava o proprietário do estabelecimento. Em juízo, no entanto, afirmou que foi torturado na delegacia e também mudou sua versão. Ele destacou que sequer conhecia o segundo suspeito e disse que o viu pela primeira vez no Fórum, enquanto aguardava audiência.
Luiz relatou em depoimento que foi atingido por 18 facadas e golpes de martelo na cabeça, aplicados por ambos os réus, que levaram sua motocicleta e documentos. Ele revelou que ficou em coma durante 17 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital em Sinop.
Conforme Só Notícias já informou, o crime ocorreu em um bar, na rua das Araribas, no bairro Jardim Imperial. Os suspeitos foram presos dias depois. Um tem 36 anos e foi localizado após, supostamente, tentar cometer um assalto na avenida das Itaúbas, no centro, com um revólver calibre 32. O outro, de 26 anos, foi preso pela manhã, na rua "B" do bairro Jardim Conquista. Duas adolescentes foram apreendidas, dias antes, com a moto de Luiz, uma Honda Biz, no bairro Boa Esperança, e colaboraram para identificação dos acusados.