A juíza do plantão da Comarca de Sinop, Luciene Kelly Marciano Roos, manteve a prisão de Paulo José da Silva, de 27 anos, suspeito de ter assassinado Antônia Ivila Araújo Nunes, de 20 anos, no último dia 03. Ele foi preso na última sexta-feira no bairro Alto da Glória em diligências de policiais da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança, do Adolescente e do Idoso.
Em audiência de custódia no final de semana, o suspeito relatou ter sido agredido pelos policiais civis que o prenderam. A defesa solicitou exame de corpo de delito para investigar o caso. Na decisão, a juíza destacou que o mandado de prisão estava vigente, não havendo nenhuma irregularidade na prisão e solicitou que seja incluído o resultado do exame corpo de delito do suspeito no processo.
Conforme Só Notícias já informou, Antônia foi encontrada caída com sinais de espancamento, no acostamento da BR-163, próximo de uma empresa no Jardim América. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao hospital regional, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a delegada Renata Evangelista, a polícia chegou ao suspeito após a identificação de mensagens enviadas a vítima no dia do crime. “A gente foi juntando elementos de informação que nos indicassem quem poderia ter feito esta maldade com ela, formando o quebra-cabeça, e ontem chegamos à conclusão de que seria o ex-marido dela, por meio de mensagens que ele trocou durante a madrugada inteira com a vítima. Ele esteve em uma confraternização com a vítima, saiu de lá e alegava aos familiares que não tinha saído com a vítima da localização, que ela teria pegado um carro de aplicativo”, explicou.
“Chegou até a cogitar e ele tentando desviar a nossa atenção, no sentido de que poderia ter sido alguém que poderia ter abusado sexualmente dela, ou algo nesse sentido. Mas as investigações foram fluindo, fizemos todo o trajeto dele saindo do local da confraternização e, por meio de mensagens no celular que a vítima trocava com uma pessoa que ela estava se relacionando, chegou-se a ele. A todo momento ele estava instigando a vítima para que ela contasse detalhes da suposta traição que ela teria tido com esse outro rapaz. Até quem estava conversando com ela achou estranho o modo como ela estava respondendo, entendeu que poderia não ser ela. Daí a gente foi fazendo o trajeto e por meio de imagens de câmera de segurança localizadas nas proximidades da casa dele, acompanhamos toda a movimentação dele durante a madrugada. Juntando tudo, a gente chegou à conclusão de que ele que espancou ela, em função desta suposta traição, e jogou ela as margens da BR-163”, acrescentou.
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