A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacakarkim, não acatou o pedido da defesa para libertar o principal suspeito de assassinar, a pauladas, Fernando Gonçalves dos Santos, 18 anos. O crime ocorreu em setembro de 2010. A vítima foi localizada com várias lesões na cabeça e escoriações pelo corpo, em um matagal, próximo ao bairro Camping Club.
A defesa alegou ausência de requisitos autorizadores da “segregação cautelar”. Para a magistrada, que obteve o mesmo entendimento do Ministério Público Estadual (MPE), não houve “qualquer alteração fático-jurídica após a decisão que decretou a prisão preventiva do acusado”, em abril de 2011. Para ela, os indícios de autoria do crime estão evidenciados, conforme depoimento de dois irmãos adolescentes na época, que chegaram a ser apontados como envolvidos no assassinato.
Um deles chegou a confessar o crime, porém, voltou atrás e disse que havia tentado proteger o acusado. Ele afirmou que viu o réu e a vítima brigando. Segundo esta versão, Fernando correu e o suspeito foi ao seu encalço “o derrubando e o chutando”. O menor contou que ele e o irmão pediram que parassem a briga, tendo o acusado respondido que iria “arrastar Fernando”, que estava desacordado, para o mato, pois estava caído no meio do asfalto, na BR. O adolescente disse que foi embora do local, em seguida, e não viu mais nada.
O laudo pericial apontou que Fernando foi espancado, “pois possuía diversos hematomas pelo corpo, além de lesões corto-contusas na região craniana, as quais foram a causa de sua morte, provavelmente causadas por um pedaço de madeira”.
O réu está preso no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. A data da prisão não foi divulgada. Ele responde por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e meio cruel, além de corrupção de menores.