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Juíza manda soltar acusado de se passar por policial para aplicar golpes em Sinop que ficou mais de 3 meses preso

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, determinou a soltura do acusado de se passar por policial militar para aplicar golpes em Sinop. Na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) consta que, entre junho e setembro do ano passado, o suspeito foi até estabelecimentos comerciais e, por duas vezes, obteve “vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo a erro as vítimas mediante artifício e ardil”.

O réu foi preso em flagrante no dia 26 de outubro. Em novembro, após audiência de custodia, teve a prisão convertida em preventiva. A juíza, ao determinar pela soltura, lembrou que o acusado permaneceu “custodiado” durante toda a instrução processual, a qual se encerrou em fevereiro. Para ela, “a fim de evitar que a manutenção da prisão do denunciado venha configurar constrangimento ilegal, o relaxamento da segregação cautelar é medida que se impõe”.

A magistrada determinou que o réu seja colocado em liberdade, imediatamente, a não ser que esteja preso por outros motivos. O suspeito responde por três vezes, conforme denúncia do MP acatada pela juíza, pelo crime de estelionato, na modalidade tentada e em continuidade delitiva.

Segundo consta no processo, o acusado se apresentou como policial militar, “divulgando a necessidade de arrecadar verbas, em nome da corporação, para fins de custear rondas em estradas rurais desta localidade e a publicação de determinado jornal”.

Conforme Só Notícias já informou, na época, ao menos três pessoas procuraram a delegacia municipal para denunciar o suspeito. Um homem de 35 anos informou que o suspeito pediu um cheque no valor de R$ 300 para montar um projeto social direcionado a crianças e aumentar o contingente policial na zona rural do município. Segundo ele, o cheque foi trocado em um posto de gasolina.

A outra vítima é um empresário, de 51 anos, que, segundo o boletim de ocorrência, relatou que o suspeito foi até sua empresa, no bairro Setor Industrial e disse que estava a mando de um coronel da PM para arrecadar fundos para o suposto projeto social. Em seguida, solicitou R$ 500 em nome da Polícia Militar, entretanto o homem doou apenas R$ 100. Porém, segundo ele, cerca de 60 dias antes, já havia caído no golpe e entregado R$ 200.

Para uma mulher, de 47 anos, o suspeito teria solicitado R$ 300, dizendo que iria montar uma escola militar com a mesma estrutura de Cuiabá. O boletim de ocorrência não informou se a vítima entregou o dinheiro.

O suspeito foi preso em uma empresa de tornearia localizada no setor Industrial Norte, após denúncia que estaria se passando por policial militar e estava recolhendo doação para um "suposto" encontro, em um sindicato sinopense. Um empresário, de 47 anos, relatou que o suspeito teria ligado pedindo R$ 200 alegando que o dinheiro seria usado em uma palestra que a polícia estaria promovendo. Em troca da ajuda, a PM realizaria algumas patrulhas.

A vítima fez a denúncia e quando o homem chegou para pegar o dinheiro foi abordado pelos militares, tendo, supostamente, se apresentado como filho de um coronel. Porém, acabou preso. Com ele, os policiais apreenderam alguns exemplares de um jornal e adesivos com a logomarca da Polícia Militar.

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