A juíza Thatiana dos Santos determinou que seja levado a júri popular o principal suspeito de assassinar, com um golpe de canivete, Olímpio da Rosa, 50 anos. O comunicador foi morto em novembro de 2015, durante uma festa, em um estabelecimento localizado no Setor Industrial de Marcelândia (200 quilômetros de Sinop).
Testemunhas divergiram nos depoimentos sobre as circunstâncias da morte. As defesa alegaram que o comunicador estava apenas conversando com o irmão do suspeito. Conforme esta versão, o acusado teria se aproximado e atingido a vítima no tórax. Já as de acusação garantem que Olímpio deu um tapa no rosto do réu e ambos entraram em luta corporal, quando houve o esfaqueamento.
“Em que pese os argumentos trazidos pela defesa, as provas dos autos deixam dúvidas quanto à configuração da excludente de ilicitude pleiteada, haja vista que não há demonstração clara que a vítima é quem estaria portando o canivete, e que a vítima foi quem provocou o acusado e sacou o canivete; pelo contrário, as testemunhas que presenciaram de perto os fatos afirmam que o acusado é quem portava o canivete e que sacou a arma para desferir o golpe contra a vítima”, disse Thatiana.
A magistrada determinou que o réu seja levado a julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. Ainda decidiu que o suspeito deverá continuar preso.
Conforme Só Notícias já informou, Olímpio foi locutor de rádio comunitária e chegou apresentar um programa policial em uma emissora de TV, a qual arrendou e foi diretor. Depois de deixar a comunicação trabalhou como eletricista.
O acusado de matar a vítima tem 32 anos e foi preso, em abril deste ano, em uma comunidade rural, no município de Novo Progresso, no Pará.