A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e pronunciou uma mulher de 37 anos e o filho dela, de 21 anos, pelo assassinato de Antônio Alves Silva, 33 anos. O crime ocorreu em janeiro de 2015, em uma residência, no Jardim Maripá. A vítima foi morta a facadas.
Durante a instrução processual, um adolescente confessou o crime. Ele afirmou que era amigo do jovem de 21 anos e que este teria ligado afirmando que Antônio havia ameaçado sua mãe, com a qual mantinha um relacionamento amoroso. Os dois teriam ido até a residência do casal, onde encontraram a vítima dentro de um carro. O menor confessou que deu um tiro e, em seguida, esfaqueou Antônio. Ele alegou que amigo não sabia de suas intenções.
Apesar do testemunho do adolescente, isentando a mulher de Antônio e o filho dela de envolvimento no crime, um investigador da Polícia Civil apontou que o assassinato foi premeditado pelos três. Segundo ele, as investigações revelaram, com base na quebra de sigilo telefônico, que houve “intenso contato” entre o trio, tendo “estes diálogos cessados” após 1h37, “horário provável” do homicídio.
Mãe e filho negam participação no assassinato. Para a juíza, no entanto, “aquilatando as provas produzidas, ao menos neste momento processual, ressaem algumas contradições dos depoimentos prestados pela acusada, restando dúvidas a respeito de sua participação no evento criminoso, o que deverá ser dirimido pelo Conselho de Sentença”.
A magistrada ressaltou ainda que “os depoimentos prestados tanto na fase policial, quanto em juízo, bem como os extratos das ligações efetuadas/recebidas pelos envolvidos, conclui-se que há indícios de autoria suficientes para o encaminhamento do caso ao julgamento pelo tribunal do júri”.
Conforme Só Notícias já informou, mãe e filho foram presos por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em janeiro do ano passado. O primeiro a ser preso foi o jovem de 21 anos. Ele foi localizado na própria residência, na avenida Perimetral Norte, no bairro Jardim das Orquídeas. O rapaz ligou para a mãe, que compareceu ao local e também acabou presa.
O rapaz continua preso no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Já a mãe dele está em prisão domiciliar.