A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano decidiu mandar a júri popular os principais suspeitos de matar Everton Marcelo dos Passos, 39 anos. As investigações apontaram que dois amigos do adestrador de cavalo foram os responsáveis pelo crime, que ocorreu em setembro do ano passado, às margens do rio Lira.
Conforme a decisão, a dupla será julgada por homicídio qualificado cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Os réus ainda podem recorrer da decisão, mas a magistrada determinou que ambos continuem na cadeia.
“A prova da existência do crime e indícios de sua autoria são veementes e não foram abalados no decorrer do feito por nenhuma prova ou alegação defensiva. Na mesma linha segue o perigo gerado pelo estado de liberdade dos acusados, demonstrado a partir do modus operandi utilizado, persistindo a garantia da ordem pública evitando-se, assim, que se coloquem em risco novos bens jurídicos e por ter se evadido do distrito da culpa, a fim de resguardar a aplicação da Lei Penal”, afirmou a juíza.
O corpo de Everton foi encontrado por pescadores, nas proximidades de um rancho no rio Lira, próximo à MT-242. Os dois suspeitos foram presos no mesmo dia, após se entregarem na delegacia de Comodoro. Em seguida, foram transferidos para Sorriso.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado Eugênio Rudy, na época, detalhou que a vítima estava com os dois suspeitos, quando houve um desatendimento. “É um fato bem diferente e esdrúxulo, uma vez que eles eram amigos. Inclusive, eram da mesma cidade e estavam juntos naquela noite confraternizando. Saíram juntos e, ao final, tiveram esse desentendimento que, infelizmente, culminou com a morte do Everton”, revelou.
Inicialmente, a Polícia Civil foi acionada sobre o desaparecimento dos três amigos. “Começamos a investigar e captar câmeras de monitoramento e começamos a revelar que os três realmente estavam juntos, eram amigos, só que se desentenderam. Depois disso, o Everton ficou em uma via pública e os dois foram embora. O Everton ligou para eles, discutiram e eles retornaram. Ao retornarem, atropelaram a vítima e começaram a agredi-la. Eles queriam a todo custo colocar a vítima no veículo. E isso tudo foi assistido por testemunhas”, destacou.
Segundo o delegado, foram identificados vários sinais de agressões no corpo de Everton. “Fizeram com que ele desmaiasse, colocaram na caçamba da caminhonete e saíram. Depois disso o corpo foi encontrado, onde verificamos sinais de agressão no corpo e uma ferida muito profunda no pescoço”, finalizou.
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