Um homem e uma mulher irão a júri popular acusados de envolvimento no homicídio de João Martins de Souza. A vítima foi morta a marteladas, em abril do ano passado, na própria residência, localizada na rua Vilhena, no bairro Renascer, no município de Brasnorte (400 quilômetros de Sinop).
Segundo a denúncia, os suspeitos estavam na casa de João, quando decidiram assassiná-lo. O crime teria sido motivado pelo não pagamento de uma dívida por parte da vítima aos acusados. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que os criminosos atingiram João com vários golpes de martelo na cabeça e, em seguida, fugiram.
O homem e a mulher negam as acusações. No entanto, a juíza Daiane Marilyn Vaz, da Vara Única de Brasnorte, entendeu que há indícios de que eles estiveram na casa da vítima na noite em que o homicídio ocorreu. “Além disso, restou inexplicada a razão dos réus terem partido em viagem à cidade de Tangará da Serra, no dia imediatamente posterior ao crime, com o mesmo veículo avistado na casa da vítima na noite do delito – aparentando, portanto, que estavam foragindo de Brasnorte”, disse a magistrada.
De acordo com a decisão da juíza, os acusados serão submetidos a júri popular por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e por motivo fútil. Ainda não há data para o julgamento e os réus podem recorrer da decisão.
A magistrada ainda determinou que os suspeitos devem continuar presos. A mulher está na cadeia pública feminina de Nortelândia. Já o outro réu segue preso na cadeia pública de Tangará da Serra.