A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim (foto), pronunciou as duas acusadas de envolvimento no assassinato de Roseli Ribeiro de Melo, 44 anos, ocorrido no ano passado, na estrada Nanci. As suspeitas responderão perante ao tribunal do júri por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Acusadas de jogarem soda no corpo de Roseli, as duas também vão responder por tentativa de destruição de cadáver.
Em alegações finais, a defesa de uma delas requereu a absolvição “por legítima defesa”, além de “ausência de dolo, a desclassificação do crime de homicídio qualificado para lesão corporal seguida de morte, afastamento das qualificadoras, a absolvição quanto ao crime de ocultação de cadáver, revogação da prisão preventiva e autorização para prisão domiciliar”. O advogado da segunda acusada pediu apenas pela “impronúncia” e revogação da prisão preventiva.
A magistrada, no entanto, não acatou as solicitações. “Considerando que subsistem os motivos ensejadores e que as medidas cautelares diversas da prisão, dadas as circunstâncias do crime, não se mostram suficientes para evitar novas práticas delituosas, mantenho a prisão preventiva, sobretudo ante a necessidade de se resguardar a ordem pública e à conveniência da instrução em plenário, determino que assim permaneçam até a realização do tribunal do júri”. A data do julgamento ainda não está definida.
As duas mulheres foram presas em cumprimento de ordem judicial (prisão temporária) e confessaram participação no brutal assassinato de Roseli. O corpo foi enterrado em uma vala, na estrada Nanci, e localizado no dia 26 de maio por policiais civis. Elas ainda relataram ter jogado soda na vítima, no intuito, de “derreter” o cadáver localizado após 55 dias do desaparecimento.
Três investigadores e dois peritos acompanharam uma das suspeitas presas e refizeram o trajeto, a partir do ponto onde se encontraram com Roseli e lhe ofereceram carona até o Camping Clube, onde a vítima morava. "Seguimos pela MT-220, conversando com ela, normalmente, até chegarmos na estrada Nanci. Ali a matamos com pauladas e facadas e escondemos o corpo na mata", relatou, na época, uma das acusadas.