A juíza Thatiana dos Santos, da comarca de Cláudia (90 quilômetros de Sinop), determinou que o principal suspeito de assassinar Célio Pereira Rezende seja submetido a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. O crime ocorreu no assentamento Keno, em agosto de 2017. A vítima foi morta com um tiro de espingarda, além de ter sido atingida na cabeça por golpes desferidos com o cabo da arma.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o réu chegou na casa de uma pessoa, onde estavam a vítima e outra testemunha. “Restou apurado que todos estavam conversando e ingerindo bebida alcoólica, momento em que resolveram preparar um jantar. Consta que, durante o preparo do jantar, teve início uma discussão entre o denunciado e a vítima, motivada pela disputa por posse de terras do assentamento”.
Ainda de acordo com a denúncia, a discussão “ficou mais intensa”, oportunidade em que o suspeito teria saído do local e buscado uma espingarda que possuía. Já Célio teria ido pegar uma espingarda que estava em um carro. Segundo apurado durante as investigações, “ambos armados efetuaram disparos um contra o outro, sendo que um disparo acertou a vítima. Nesse cenário, o denunciado e a vítima entraram em luta corporal, momento em que o denunciado a derrubou ao solo e, não satisfeito, desferiu vários golpes com o cabo da espingarda, acertando-lhe a região da cabeça, causando-lhe, enfim, a sua morte”.
O réu confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Ele está solto e aguardará o julgamento em liberdade, conforme decisão da magistrada. Ainda cabe recurso.