Os envolvidos no latrocínio do acadêmico de Medicina, Eric Francio Severo, 21 anos, ocorrido em dezembro de 2014, foram condenados pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. Márcio Marciano Batista, 31 anos, apontado como o executor da vítima, ficou com a maior pena – 28 anos e 9 meses de cadeia. O comparsa, Rafael Bruno dos Santos Massuco, 26 anos, foi condenado a 22 anos de prisão. Acácio Batista, 32 anos, deverá ficar recluso por 8 anos, 5 meses e 3 dias. Por fim, Kênia Canachiro, 26 anos, mulher de Márcio, foi sentenciada a 1 ano de prisão. Somadas, as penas dos quatro réus chegam a 60 anos e 2 meses de cadeia.
Márcio e Rafael foram condenados por roubo, com resultado morte. Márcio ainda foi sentenciado por posse ilegal de arma de fogo e munições. Ambos estão detidos, desde 2014, no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Acácio, por outro lado, recluso no presídio José Parada Neto, em Guarulhos (SP), foi condenado por roubo de “veículo automotor a ser transportado para outro Estado”, em concurso de duas ou mais pessoas. Por fim, Kênia foi sentenciada por posse de munições. Ela chegou a ficar presa por vários meses, mas aguardava o processo em liberdade.
Ainda cabe recurso à decisão da magistrada.
Márcio e Rafael roubaram a caminhonete GM S-10, que estava com Eric. Em seguida, executaram o acadêmico, em uma mata, em Lucas do Rio Verde, para não serem identificados. Acácio, por sua vez, está preso há vários meses e cumpre pena por diversos crimes (não confirmados). Ele foi apontado como mandante do roubo da caminhonete, que seria vendida no Paraguai.
Márcio e Rafael foram presos em flagrante, com a caminhonete GM roubada de Eric, em Campo Grande (MS). Ambos foram localizados por policiais rodoviários no Estado vizinho e recambiados para Sinop. Conforme Só Notícias informou, na época, em depoimento, confessaram o latrocínio e alegaram que a caminhonete foi encomendada por um presidiário em São Paulo e receberiam dinheiro para roubá-la e transportá-la.
Desde a morte de Eric, a família do acadêmico encampa uma campanha nacional pedindo leis mais duras para latrocidas. Já houve contatos com vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais e federais, além de senadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e o governador Pedro Taques, pedindo que a pena para latrocidas suba para 50 anos de cadeia.
O abaixo-assinado pede que os deputados federais e senadores priorizem, com urgência, a votação de Leis Penais e de Execução Penal que garantam a segurança de pessoas de bem, em especial, o projeto de lei 353/2015 de autoria do deputado Major Olímpio Gomes (PDT/SP) que propõe penas de até 50 anos para crimes de latrocínio, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro e estupro de vulnerável. Eles conseguiram apoio de parlamentares federais de Mato Grosso e de outros Estados, além de dirigentes de entidades.