A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano decidiu mandar a júri popular o acusado de assassinar Douglas Gonçalves Leite, 31 anos. O cozinheiro foi morto a facadas em fevereiro deste ano, em uma residência localizada na rua São Francisco de Assis, no bairro São Domingos. O principal suspeito de cometer o crime é o namorado da vítima.
Douglas foi atingido por, ao menos, três golpes de faca no punho, região do pescoço e no rosto. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu no quintal da residência. O réu confirmou que deu as facadas, mas alegou que foi agredido por Douglas. Segundo sua versão, a vítima também teria dito que havia lhe transmitido uma doença contagiosa.
Com a decisão assinada pela juíza, o réu irá a julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A magistrada também decidiu manter o suspeito preso até o júri popular.
“Não reconheço ao requerido o direito de apelar em liberdade. A uma porque a base empírica sobre a qual se debruçou os fundamentos que deram suporte à manutenção do réu provisoriamente segregado com o propósito de salvaguardar a ordem pública, dado a gravidade concreta da ação criminosa, até o presente momento, manteve-se íntegra, sem que se operasse qualquer variação ou modificação do contexto fático subsequente. Inexistem, nos autos, quaisquer elementos de convicção que tenham, só por si, a especial virtude de conduzir à ideia de que tenham cessado os motivos que catalisaram na manutenção da prisão do réu”, afirmou a juíza.
“A duas porque o requerido permaneceu preso durante toda a instrução criminal, por consectário lógico, não se justifica que, nessa etapa da liturgia procedimental em que foi admitida a acusação, seja agraciado com o direito de aguardar o julgamento de eventual recurso interposto em seu benefício em liberdade”, completou a magistrada.
Douglas foi sepultado em Sorriso.