A juíza plantonista converteu, ontem à noite, em preventiva a prisão do homem, de 54 anos, pego na terça-feira após quebrar medida protetiva pela segunda vez e invadir a casa da ex-esposa. Esta foi a segunda vez que ele foi preso em menos de 10 dias e havia sido solto recentemente. Agora, continuará numa unidade prisional.
Na audiência de custódia, a defesa requereu concessão de liberdade provisória, com aplicação de medidas cautelares, em especial o tratamento psiquiátrico, já que é “evidente” não teria conhecimento, nem noção das infrações que está cometendo. A magistrada indeferiu este pedido de liberdade e argumentou que, até o momento, não há “qualquer comprovação da inimputabilidade do custodiado”.
A juíza ainda salientou que “a própria vítima relatou que o suspeito, seu ex-marido, continua a ameaça-la de morte, tendo adentrado à sua residência, desrespeitando a medida protetiva”. Além disso, o homem “tornou a aterrorizar a vítima e sua família” e voltou a entrar na residência da vítima, onde foi localizado pelos policiais.
“Trata-se, portanto, de crime em situação de violência doméstica que exige cuidado, na medida em que a vítima necessita de amparo judicial para evitar que o intento criminoso do acusado se consume, assegurando sua integridade física e psicológica”. “O comportamento do indiciado para com a vítima incutiu-lhe medo, tendo esta ressaltado que o suspeito continua a ameaça-la de morte”.
Por fim, ponderou que “com tais considerações, entendo que a liberdade do acusado representa risco iminente à integridade física e psicológica da ofendida, fazendo-se necessário garantir a ordem pública, bem como evitar a reiteração criminosa ou até mesmo a concretização das ameaça”.
No dia da prisão, o suspeito foi localizado escondido embaixo de um ônibus. De acordo com boletim de ocorrência, a vítima acionou a PM após o homem pular o muro de sua residência. No último dia 22, ele foi detido no mesmo local, onde na ocasião se escondeu no telhado da casa.