A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, abriu prazo para alegações finais de todos os suspeitos de participarem do latrocínio do empresário Paulo Terao, 46 anos, ocorrido em junho do ano passado. A magistrada determinou o aguardo do retorno das cartas precatórias expedidas durante a fase processual em um tempo máximo de 15 dias. Em seguida, Ministério Público Estadual e os advogados dos réus poderão se manifestar antes de uma sentença. Os réus não vão a júri popular.
No total, seis homens respondem por suposta participação no latrocínio. Um deles, conseguiu, no final do ano passado, o direito de aguardar a sentença em liberdade. Ele é suspeito de ter emprestado um veículo utilizado para um parente cometer o crime. Rosângela, então, entendeu que a liberdade do réu não mais oferecia “risco à garantia da instrução processual”. O Ministério Público também opinou pela soltura.
Em outubro de 2015, outro suspeito negou participação nos crimes. Um dos acusados, por meio dos advogados, alegou ilegalidade por estar preso há mais de três meses, sem que a fase instrutória tivesse se iniciado. Os outros três suspeitos não apresentaram alegações. Apesar disso, a juíza havia decidido, na oportunidade, manter os seis presos.
Conforme Só Notícias já informou, logo após serem presos, todos negaram envolvimento na morte do empresário e alegaram que este se jogou do veículo em movimento. Porém, de acordo com a Polícia Civil, Paulo foi morto a coronhadas e, posteriormente, jogado pela quadrilha, na BR-163. O empresário foi dominado quando chegava em sua residência, no bairro Setor Industrial. Um criminoso assumiu a direção e levou o empresário junto.
O corpo do Paulinho, como era popularmente conhecido, foi encontrado horas depois às margens da BR-163, nas proximidades do posto da PRF em Sorriso. Ele apresentava um afundamento de crânio. A caminhonete tinha rastreador e acabou sendo abandonada em Lucas do Rio Verde. A atuação conjunta das delegacias de Polícia Civil, serviço de inteligência e cúpula da segurança resultou na prisão dos envolvidos, cinco dias após o crime que revoltou a sociedade sinopense. Os quatro suspeitos foram presos em Nova Mutum e Sinop. Um já estava preso e o outro foi capturado em julho.