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Juiz vê indícios para mandar a julgamento três acusados de matar homem no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

O juiz Jean Garcia de Freitas determinou que sejam submetidos a júri popular três homens acusados de assassinar Marcelo Bezerra da Silva, 28 anos. A vítima foi morta a tiros, em março de 2019, supostamente por furtar uma boca de fumo. O crime ocorreu no cruzamento da rua dos Lírios com a Sibipirunas, no bairro Agapito, em Guarantã do Norte.

Inicialmente, o Ministério Público do Estado (MPE) havia denunciado cinco acusados de envolvimento no crime. Porém, só há indícios suficientes de participação de três réus. Por esse motivo, os outros dois homens não irão a júri popular e deixam de responder pelo crime, a não ser que surjam novas provas contra eles.

Já o trio será submetido a julgamento por homicídio simples. Na sentença, o juiz afastou as duas qualificadoras propostas pelo MPE, do motivo torpe e de recurso que dificultou a defesa da vítima. O entendimento do magistrado é de que não ficou comprovada a motivação e que o assassinato não foi cometido “de maneira inesperada, ardilosa ou dissimulada” por parte do executor. Os três réus seguem presos e podem recorrer da sentença.

Conforme Só Notícias já informou, a Polícia Civil descobriu um plano para a execução de duas pessoas no município, identificadas como o “preto e o branco”. Os investigadores haviam grampeado os telefones de possíveis envolvidos com o tráfico de drogas no município, quando ouviram conversas sobre prováveis homicídios que ocorreriam nas proximidades de um bar, na avenida Dante Martins de Oliveira.

A Polícia Militar foi avisada e se deslocou até o estabelecimento. Durante o trajeto, porém, foi informada de um homicídio em outro local (rua dos Lírios). Os militares foram ao endereço indicado e encontraram Marcelo sendo atendido pelo Corpo de Bombeiros. Em seguida, o óbito foi constatado.

Segundo registrado no documento policial, o primeiro diálogo por telefone, no qual eram combinadas as mortes das duas pessoas, ocorreu antes do assassinato de Marcelo. Após o homicídio, em outra conversa, um dos suspeitos pede para o outro acusado enviar fotos para comprovar a execução.

Marcelo foi sepultado em Guarantã do Norte.

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