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Juiz pretende baixar portaria criando Conselho da Comunidade em Sinop

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Sinop deverá ter, brevemente, o Conselho da Comunidade, considerado o primeiro passo na implantação de um projeto de ressocialização na penitenciária Ferrugem. A informação é do juiz corregedor do presídio de Sinop, João Manoel Guerra. Ele explicou, em entrevista ao Só Notícias, que estará baixando nos próximos dias, uma portaria criando esse conselho, que será formado por representantes de vários segmentos da sociedade como OAB, Associação Comercial e Empresarial de Sinop, Conselho de Psicologia Regional, dentre outros.

O magistrado destacou que esse conselho vai fazer visitas mensais aos detentos do presídio Ferrugem, para verificar in loco o tratamento dado a eles, as condições de trabalho e as principais deficiências. “Eles vão estar apresentando um relatório mensal e como juiz, estarei analisando a situação e buscando sanar as dificuldades. Mas o objetivo principal é estabelecer parcerias com o empresariado de Sinop para oferecer trabalho aos detentos”, explicou Guerra.

O juiz destaca que o presídio dispõe de um espaço, que senão é o ideal, pelo menos é razoável para implantação de um projeto de ressocialização. “Estou em contato direto com a direção do presídio e com a Secretaria de Segurança Pública. Lá na penitenciária já estão sendo feitas algumas atividades. Por exemplo, uma classe de alfabetização que foi montada, com apoio da secretaria municipal de Educação”, explicou.

Além de trabalhos que podem ser desenvolvidos internamento pelos detentos, o juiz acredita que alguns presos poderão até desenvolver atividades externas. “Aí é que entra o conselho, que vai identificar quais os presos de bom comportamento, os que são réus primários, entre outros fatores que serão analisados”, afirma.

Posteriormente, segundo Guerra, será criado um projeto de patronato, que vai oferecer trabalho e cursos de capacitação profissional aos detentos. “O patronato coordena a política de trabalho com os presos. Ma,s para levar tudo isso adiante, precisamos contar com o apoio da sociedade”, destacou.

Trabalho semelhante já é desenvolvido com 10 detentos, no Ebénezer (Centro de recuperação para envolvidos com drogas e alcoolismo). “Quando você desenvolve uma política de ressocialização, o número de reincidentes cai brutalmente”, avaliou o magistrado.

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