O juiz da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros da Silva, marcou para o dia 22 de julho o julgamento dos três policiais militares acusados de envolvimento na morte do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Scheifer (foto). O crime completou 4 anos em maio deste ano.
Scheifer foi morto aos 27 anos com um tiro de fuzil que o atingiu no abdômen, durante operação em um distrito de União do Norte (300 quilômetros de Sinop). Os policiais estavam em busca de criminosos da quadrilha de assalto a banco, na modalidade “Novo Cangaço”. Na ocasião, o militar chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas não resistiu.
Inicialmente foi informado que Scheifer teria sido atingido por bandidos. Porém, uma perícia técnica comprovou que foi do fuzil de um cabo da PM que saiu o disparo que atingiu o tenente do Bope. Outros dois policiais foram denunciados como cúmplices ao dar a versão sobre a morte no confronto. O trio foi preso em março de 2019 e solto meses depois.
A motivação do crime, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), foi evitar que o tenente Sheiffer adotasse medidas contra os denunciados que pudessem resultar em responsabilização e até mesmo eventual perda da farda, por desvio de conduta em uma operação que culminou na morte de um dos suspeitos de roubo na modalidade “novo cangaço”.
A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial (IPM), que já foi concluído e agora tramita o processo demissório de desligamento dos policiais. Até agora, as testemunhas de acusação foram ouvidas pela Justiça. Outras audiências já foram marcadas e canceladas várias vezes desde o início do processo.