O juiz Rafael Depra Panichella marcou para o dia 7 de novembro o julgamento de um homem e uma mulher acusados de matar Mário Aparecido Lelis, 45 anos, em novembro de 2019. A vítima foi assassinada a pauladas em uma residência na avenida Mato Grosso, no centro de Porto dos Gaúchos (160 quilômetros de Sinop). O corpo foi localizado em um terreno nos fundos da casa onde a acusada residia.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, Mário estava hospedado na residência de um colega de trabalho, quando, no dia 17 de novembro, após pegar uma quantia emprestada em dinheiro, saiu e não retornou mais. A Polícia Civil apurou que a vítima foi até a casa da acusada, onde passou a ingerir bebidas alcoólicas, em companhia de mais um
homem. De acordo com a denúncia, após uma discussão, “travada sob o efeito de tais bebidas”, o homem e a mulher passaram a agredir Mário com pauladas, socos e chutes na cabeça, tórax, abdômen, braços e pernas.
No dia seguinte, policiais foram até a residência da acusada, onde localizaram o corpo da vítima. O Ministério Público denunciou o homem e a mulher por homicídio triplamente qualificado, cometido por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e de maneira cruel.
Em alegações finais, a defesa do acusado afirmou que ele não participou do crime. Já a defesa da suspeita, além de alegar inocência, afirmou que Mário tentou estuprar a mulher, o que deveria ser reconhecido como excludente de legítima defesa. Os pedidos não foram reconhecidos e os dois irão a júri por homicídio triplamente qualificado.
O acusado segue na cadeia, enquanto que a suspeita está em liberdade, mediante cumprimento de medidas cautelares. O júri será realizado de forma híbrida, com a participação de algumas pessoas por meio de videoconferência.