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Juiz interroga empresário e advogada réus por tráfico de drogas

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Com vários recursos e pedidos de liberdade negados, os integrantes de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, atualmente réus numa ação penal que tramita na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, começaram a ser interrogados pelo juiz Jeferson Schneider. A quadrilha foi desarticulada na Operação Soberba deflagrada pela Polícia Federal (PF) em janeiro deste ano.

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os 10 acusados foi recebida em maio deste ano. Entre os réus está o doleiro Marson Antônio da Silva que é marido de uma juíza e acusado de financiar e custear o bando fornecendo dólares ao integrantes do bando. Tem ainda a advogada Janaina Barreto Passadore acusada de repassar informações privilegiadas e de investigações policiais aos membros acusados de tráfico internacional de drogas com atuação em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

Além do empresário e da advogada, ambos presos em Cuiabá no começo do ano, também são réus no processo: Adriano Alves Gomes, Wagner Roberto Alves, Hebert Ferreira da Silva, Roberto Ronney de Lima, Andreos Willd Bernardo Porto, José Carlos da Silva, Jones Pinto de Miranda Filho e Ubirajara Carvalho de Campos.

Na mais recente audiência de instrução e julgamento, realizada no dia 30 de setembro o juiz Jeferson Schneider interrogou 5 réus: Marson, Janaína, Roberto Ronney de Lima, José Carlos da Silva e Ubirajara Carvalho de Campos. Em audiência anterior, realizada em 23 de setembro foram ouvidos os réus Herbert Ferreira da Silva e Wagner Roberto Alves e 3 testemunhas.

A primeira audiência do processo para ouvir as testemunhas de acusação e defesa foi realizada no dia 15 de setembro, ocasião em que foram ouvidas 8 testemunhas. Também já está agendada uma audiência por videoconferência para o dia 10 deste mês para interrogar o réu Andreos Willd Bernardo Porto às 13h30. Ele está preso em Caruaru (PE).

A Operação Soberba foi deflagrada no dia 29 de janeiro para cumprir 44 mandados expedidos pela Justiça Federa, sendo 11 de prisão preventiva, 2 de prisão temporária, 13 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão, nos 3 municípios mato-grossenses: Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D’ Oeste, outras 4 cidades de Minas Gerais: Barão dos Cocais, Inhapim, Coronel Fabriciano, e Governador Valares. Os mandados também deveriam ser cumpridos em Guarulhos (SP) e São Paulo (capital).

Ao final da operação foram apreendidos 218 quilos de pasta-base de cocaína,1 quilo de cloridrato de cocaína , U$ 195 mil, R$ 34 mil, além de diversos veículos de luxo. Somente na casa do doleiro Marson, em Cuiabá, foram apreendidos 5 quilos de ouro, R$ 628.2 mil, outros U$ 37.750 dólares em espécie, R$ 14.5 mil (em travelers checks), e R$ 2 milhões em cheques. A defesa garante que ele é inocente e sustenta que ele não teria ligação com a quadrilha de traficantes.

No entanto, a Justiça Federal recebeu, em maio, denúncia contra ele pelo crime de tráfico de drogas e o processo segue tramitando. Todos os pedidos de liberdade formulados pelos advogados Huende Rolim e Ulisses Rabaneda em prol do empresário foram negados por Schneider, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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