O juiz Murilo Mendes deve aguardar a tese da defesa e indicação de testemunhas para dar prosseguimento ao processo do segundo maior acidente aéreo do país, que vitimou 154 pessoas, no Nortão de Mato Grosso, em setembro do ano passado. Ele destacou que não há um prazo previsto para conclusão e sentença dos acusados. “Pode acontecer de haver indicação de testemunhas que residem no exterior, fatores que vão, certamente, contribuir para uma demora”, justificou.
Veja fotos da audiência dos controladores de vôo clicando aqui
No processo, foram denunciados os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, que pilotavam o jato Legacy, que envolveu-se na colisão com o boeing da Gol, e os quatro controladore de vôo que trabalhavam no Cindacta 1, em Brasília, no dia do acidente – Jomarcelo Fernandes dos Santos, Lucivando Tibúrcio de Alencar, Leandro José Santos de Barros e Felipe Santos dos Reis. Todos acusados por atentado à segurança de aeronaves.
Ontem, os quatro controladores prestaram depoimentos em Sinop. Apenas Jomarcelo preferiu ficar calado e não respondeu as perguntas feitas pelo juiz, Ministério Público e defesa. “Tentei tirar minhas dúvidas. As conclusões que eu cheguei vão ser esclarecidas no momento da sentença, tudo agora é precipitado. Esse é um processo diferente, em que 154 pessos morreram e há um interesse social evidente, farei o que puder para julgar o quanto antes”, acrescentou Murilo Mendes.
Leia mais
Controlador declara que Manaus teria visualização da posição do Legacy
Controlador confirma deficiência em comunicação com aeronave
Sinop: controlador não diz se americanos voavam com equipamento desligado
Sinop: ‘não houve falha em contato com pilotos’, diz controlador
Sinop: controlador não confirma se há ponto cego onde aviões bateram