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Juiz determina prisão preventiva da esposa suspeita da morte de policial no Nortão

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O juiz da Segunda Vara Criminal e Cível de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop), Evandro Juarez Rodrigues determinou a prisão preventiva da mulher, de 23 anos, que foi presa em flagrante e autuada por homicídio qualificado do policial militar Moshe Dayan Simão Kaveski, 28 anos. “A segregação cautelar da indiciada, neste momento, se mostra necessária para garantir a ordem pública. Diante do exposto, homologo a prisão em flagrante da acusada e a converto em prisão preventiva, o que faço com fundamento nos artigos 310, inciso II, 312 e 313, inciso I, todos do Código de Processo Penal".

De acordo com um investigador da Polícia Civil, a mulher ainda deve passar por uma audiência de custódia hoje, às 10h45. Após isso, deve ocorrer a transferência para uma unidade prisional feminina.

Kaveski foi assassinado na última segunda-feira, no Distrito de União do Norte, localizado a cerca de 80 quilômetros de Peixoto de Azevedo. Ele foi atingido por disparos de arma de fogo na cabeça e na região do tórax. A acusada era companheira da vítima e, inicialmente, informou que ambos foram abordados por uma pessoa baixa, gorda, vestindo roupas escuras. Depois, mudou a versão e contou que eram duas pessoas e que inclusive teriam roubado os aparelhos celulares dela e do marido. No entanto, o celular da vítima foi encontrado próximo ao muro da residência.

O delegado de Polícia Civil, Israel Pirangi Santos, disse que houve muita divergência nas versões apresentadas e que não há sinais de luta corporal, apesar de a mulher informar que teria ocorrido. Conforme o delegado, um dos disparos foi encostado e teria ocorrido no momento que a vítima estava agachada, soltando o cachorro da casa. Também há informações de discussão do casal horas antes.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, outro ponto que contribuiu para convicção da autuação foi o fato da mulher costumar portar a arma da vítima, em sua bolsa, como no momento dos fatos. Outro motivo é o fato da vítima estar embriagada e trajando bermuda e não ter notícias de que houve movimentação de motos no local ou latidos de cachorros.

Em relação ao homem que foi conduzido junto com a mulher à delegacia, não houve elementos para presumir eventual participação dele na morte do policial. O caso continua sendo investigado.

Conforme Só Notícias já informou, o corpo do soldado foi velado em uma capela mortuária em Matupá, recebeu algumas homenagens da corporação militar e trasladado para cidade de Ponta Porã (MS), onde os familiares residem, ontem. 

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