O delegado de Polícia Civil de Sorriso, André Ribeiro, confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que a justiça decretou a prisão preventiva do cabo Jalles Souza Dutra de Sinop e do soldado PM Cesário, lotado em Santa Carmem, suspeitos de integrarem o grupo que invadiu uma fazenda em Santo Antônio do Rio Bonito, distrito de Nova Ubiratã (168 km Sinop). Ambos foram transferidos, hoje de manhã, de Sorriso para o Batalhão da Polícia Militar em Sinop, onde devem ficar até segunda-feira, aguardando audiência de custódia que está marcada para às 9h, em Nova Ubiratã.
Ontem à tarde, em entrevista coletiva, o comandante regional da PM, coronel Valter Razera, disse que os dois já respondem a inquérito policial por infrações administrativas e podem ser expulsos da corporação. É investigada a participação de mais um soldado, que seria lotado em Sinop, na invasão a fazenda.
Ainda de acordo com o delegado está sendo aguardado a apresentação na delegacia de mais um suspeito – que não é militar – de participação na invasão. Seu advogado havia entrado em contato e informado que seu cliente se apresentaria, ontem, entretanto, ainda não compareceu na unidade policial. Conforme Só Notícias já informou, o major Jorge Almeida, comandante da Polícia Militar em Sorriso, explicou que, inicialmente, a PM cumpriu ordem judicial para acompanhar oficiais de justiça para constatar se havia invasão da fazenda. “Quando a polícia chegou, algumas pessoas correram para mata, foi feito acompanhamento, teve primeiro confronto (tiroteio), o oficial de justiça entrou em contato (por celular) comigo, informando da troca de tiros. Acionamos a Força Tática de Sorriso, de Sinop com apoio do Ciopaer (com helicóptero) e foi feito todo cerco, do mesmo modo que fazemos em operações de roubo a banco porque o poder de fogo (dos criminosos) já foi observado”, disse, anteriormente.
“A esposa (do policial), o advogado e um cinegrafista acompanharam (a rendição dos dois), fizemos a abordagem policial, eles foram colocados no camburão e encaminhados à delegacia. Eles só relataram que são inocentes, não falaram detalhes, não tivemos acesso aos depoimentos mas tem bastante provas robustas que vão ser colocadas em relatório e vamos encaminhar para Polícia Civil e para a PM abrir inquérito apontando a participação desses dois policiais militares e mais um que está foragido e participou do cárcere privado, do roubo das armas da fazenda”, acrescentou o major.
Ainda segundo Jorge Almeida, “o caseiro (da fazenda) relatou que foi obrigado a fazer comida para todos eles, mais de 20 (invasores), no passar do dia diminuiu o número de pessoas. Disse que eles praticavam tiro ao alvo em animais e teve um dia que chegou sacos com munição e armamento na fazenda”.
(Atualizada às 14h05)